15.07 negocios
Marquise afirma que o projeto da PPP do estádio apresentado pela empresa não contém erros
A licitação que vai definir o consórcio de empresas responsável pela reforma do Castelão poderá ser retomada hoje, caso o assunto esteja na pauta de apreciação dos desembargadores do Pleno Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE).
No dia 29 de junho, a desembargadora Vera Lúcia Correia Lima, do TJ-CE, suspendeu a licitação por conta do recurso impetrado pelo consórcio Arena, formado pelas empresas Galvão Engenharia, Serveng-Civilsan e a BWA Tecnologia e Sistemas em Informática, que foi desclassificado ainda na fase de habilitação do processo
Se terminasse hoje a suspensão do processo licitatório e se a terceira e última fase do certame (abertura dos envelopes com as especificações dos preços) fluísse nos prazos estipulados, sem os recursos judiciais, as obras do estádio teriam início no dia 1º de agosto.
A projeção é de Aristarco Sobreira, um dos diretores da construtora Marquise, empresa participante – junto com a EIT e CVS – de um dos consórcios concorrentes, sobre a preocupante possibilidade do atraso da operação acarretar a saída de Fortaleza como subsede da Copa do Mundo do Brasil.
Visita da Fifa
“No dia 25 de julho, uma comissão da Fifa visitará Fortaleza para acompanhar o andamento das ações que irão nos credenciar como cidade anfitriã da Copa. Minha preocupação é que até lá a coisa ainda esteja dependendo da Justiça e que nós não tenhamos nada de avanço para mostrar em relação ao Castelão”, disse Sobreira.
Pontuação da Marquise
Na última terça-feira, uma outra decisão judicial foi suspensa – a liminar solicitada pelo consórcio Novo Castelão, formado pelas empresas Carioca Christiani Nielsen, Queiroz Galvão, Fujita e a portuguesa Somague, que cobrava redução da quantidade de pontos do consórcio encabeçado pela Marquise, na segunda fase da licitação, de proposta técnica. “Nós tiramos 100 pontos. O Novo Castelão ficou com 99, Odebrecht com 88 e o consórcio Arena atingiu 54 pontos”, informou André Pontes, também diretor da construtora Marquise, esclarecendo que todos os três aspectos apontados como falhos no projeto da empresa foram rejeitados pela Comissão de Licitação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça do Ceará e Tribunal Regional Federal de Recife, mantendo, dessa forma, a nota máxima obtida pela Marquise. “O prazo da entrega da obra no projeto é o dia 22 de dezembro de 2012 e não 15 de janeiro de 2013, como disseram. A tribuna de honra está na posição correta, no poente. A CVS reformou o Castelão anos atrás e é responsável pela reforma do Maracanã e construção do João Havelange. Portanto, não há como contestar nossa parceira com ela”, assinalou.
ILO SANTIAGO JR.
ESPECIAL PARA ECONOMIA