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“Memória Viva”: Documentário retrata a história de evolução e inovação tecnológica do Judiciário cearense

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Ao longo dos últimos anos, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) vem aprimorando os formatos de comunicação e serviços prestados ao público. Trata-se de um processo de inovação tecnológica, focada na modernização dos trabalhos. Toda essa mudança e resgate estão retratados em documentário, que foi exibido na tarde desta quarta-feira (11/05), no Fórum Clóvis Beviláqua, durante o evento “Memória Viva”, em celebração pelo mês da Memória do Poder Judiciário, com relatos de magistrados, servidores e advogados que acompanharam e continuam inseridos nesta história de evolução.

O documentário, que também leva o nome “Memória Viva”, está dividido em três episódios (clique AQUI para assistir). No primeiro, intitulado “Lembranças”, a presidente do TJCE, desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira, recorda quando ingressou na magistratura e citou as dificuldades da época. “Era 1986, tempo de muitos sonhos para mim, deixava minha família para ir trabalhar na minha primeira Comarca na Região Norte, a cidade de Marco. Tudo era muito difícil, tanto o acesso, como a comunicação. Foi um tempo de muito aprendizado, trabalhávamos com processos físicos”, lembra.

Outros servidores relembraram como as atividades eram realizadas há cerca de 20 anos, quando a era digital ainda estava distante. “Os recebimentos de mandados ficavam grampeados nas capas dos processos físicos. Passávamos um dia inteiro só recebendo mandados”, recordou o oficial de Justiça, Luiz Fernando Cerage.

“Os processos se deterioravam com o tempo e tudo era muito mecânico, produzido na máquina de datilografia e isso demorava muito, até que você ajustasse a fita e a máquina. Era uma mecânica que consumia a força de trabalho dos servidores”, disse o servidor Paulo Calixto.

“NADA SERÁ COMO ANTES”
O avanço tecnológico nos serviços do Judiciário cearense ganha destaque. Em 2010, começa a digitalização dos primeiros processos físicos. É o que retrata o segundo episódio do documentário: “Nada será como antes”. Denise Norões, secretária de Tecnologia da Informação (Setin) do TJCE, cita os primeiros passos dessa mudança. “A partir da implantação do processo digital é que começa toda a transformação no Tribunal de Justiça do Ceará”.

Para o advogado Marcelo da Silva, a modernização “adiantou mil anos os serviços do Judiciário em relação à questão processual. Hoje, nós temos todos os processos de forma virtual, impulsionando a própria Advocacia de uma maneira fantástica”.

Quem também enaltece essa transformação tecnológica é a advogada Cristina Rocha. “Hoje eu posso peticionar a qualquer hora, em qualquer lugar, basta ter um computador e uma internet. O despacho, até mesmo dos juízes, o contato com as varas, ficou muito mais rápido”.

“CONSTRUINDO O FUTURO”

Por fim, no terceiro e último vídeo: “Construindo o Futuro”, são abordadas as iniciativas do Judiciário estadual para impulsionar ainda mais a tecnologia nos serviços judiciais, acompanhadas da humanização, que tem sido foco da atual Gestão do TJCE. “Na minha visão, a transformação tecnológica da Justiça também passa pelo processo de humanização para com os colaboradores. Aqui na Sessão de Arquivo, nós passamos a trabalhar com a capacitação, principalmente no grupo de surdos”, afirmou o servidor Landolfe de Souza.

Para a juíza Bruna Rodrigues, que ingressou no Tribunal em fevereiro de 2016, a modernização vai além da tecnologia. Ela pontua ainda a importância de ter inserida no quadro de magistrados, pessoas com representatividade. “Nós temos uma turma que ingressou com 76 juízes. Hoje, temos muito mais mulheres, além da participação e ingresso da população negra. Então, isso também é sinônimo de modernização”. Os três episódios estão disponíveis na página oficial do TJCE no Youtube.


HOMENAGENS
Durante o evento, o desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva e o juiz Joaquim Vieira Cavalcante Neto, que completam 75 anos de idade neste mês de maio e se aposentam de forma compulsória, além dos servidores Luiz Gonzaga Vasconcelos Coelho e Rosa Laura de Oliveira, que são a “memória viva” do Judiciário cearense, receberam homenagem simbólica. “Os colaboradores, merecidamente, estão sendo reconhecidos pelo eficiente trabalho prestado ao Tribunal de Justiça”, destacou a presidente da Corte que, junto ao corregedor-geral, desembargador Paulo Airton Albuquerque Filho, e a secretária de Gestão de Pessoas, Vládia Teixeira, entregaram os certificados aos homenageados.

MEMÓRIA VIVA
O evento “Memória Viva”, de iniciativa do TJCE, está em conformidade com a Resolução nº 316/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu o mês de maio para os tribunais celebrarem o resgate de sua história, por meio da realização de eventos comemorativos de caráter cultural, abertos à participação da sociedade civil com a finalidade de manter viva a memória da instituição e colaboradores. Também estiveram presentes a diretora do Fórum Clóvis Beviláqua, juíza Ana Cristina Esmeraldo, o secretário de Planejamento, Marcelo Maia e o secretário de Administração e Infraestrutura, Pedro Sampaio.

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