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Servidores da Justiça parados

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25.06.2009 Cidade Pág.: 12
Os servidores da Justiça do Ceará paralisam as atividades hoje, 72 horas (em dias úteis) após decretado o estado de greve dos oficiais de Justiça, em assembléia realizada na última sexta, no Fórum Clóvis Beviláqua. Os demais servidores que decidiram pela paralisação um dia antes, já haviam cruzado os braços. Ontem à tarde, a categoria ficou reunida na rampa de acesso ao Fórum, onde um carro de som chamava os servidores à paralisação e explicava os motivos da greve.
De acordo com o oficial de Justiça Edmilson de Paula, a adesão da paralisação no Interior do Estado já atinge mais de 55 Comarcas. Hoje, para marcar o início da greve, vários servidores do Interior vem se juntar aos da Capital para uma manifestação na rampa do Fórum Clóvis Beviláqua.
Conforme Edmilson de Paula, a greve foi necessária para pressionar a Justiça do Ceará a colocar em andamento o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos servidores, prometido há mais de dois anos, além da convocação dos aprovados no último concurso público realizado.
A decisão pela greve ganhou força após a divulgação, pelo Tribunal de Justiça, do projeto de reestruturação do Judiciário apresentado no último dia 18, que aprovou a criação de 106 cargos para juizes e 16 para desembargadores, além de agilizar a ascensão na carreira de juiz e estabelecer gratificações aos magistrados.
A insatisfação, conforme o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Ceará (Sinspojuce), não é pelos benefícios concedidos aos magistrados, mas por terem deixado de lado os servidores.
De acordo com Edmilson de Paula, o sindicato já participou, na terça-feira, de uma reunião com o presidente do Tribunal de Justiça, Ernani Barreira, intermediada pelo presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Filho. Apesar de nada ter sido decidido, o oficial de Justiça comemora a abertura do canal de negociações com o Tribunal.
O Tribunal de Justiça do Ceará informou que está aguardando o resultado do estudo a ser realizado pela Fundação Getúlio Vargas, no que diz respeito ao Plano de Cargo e Carreira e Salários (PCCS), visto que há discordâncias quanto às propostas dos sindicatos e de outros concernentes à matéria. Não existe ainda previsão para a conclusão do estudo, mas será apreciado no menor tempo possível.