Conteúdo da Notícia

Psicóloga explica sobre causas e como prevenir a síndrome do esgotamento profissional

Psicóloga explica sobre causas e como prevenir a síndrome do esgotamento profissional

Ouvir: Psicóloga explica sobre causas e como prevenir a síndrome do esgotamento profissional

A Coordenadoria de Saúde Ocupacional do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) promoveu, nesta quarta-feira (27/02), a palestra “Burnout: quando o trabalho adoece”. O evento deu início ao ciclo de palestras anual realizado pelo setor. A psicóloga, doutora em Saúde Coletiva, mestre em Psicologia, professora de graduação e pós-graduação da Universidade de Fortaleza (Unifor), Patrícia Passos, foi a responsável pela capacitação.
Burnout ou síndrome do esgotamento profissional é uma doença causada, em geral, pelo acúmulo de funções no trabalho. O nome, do inglês, quer dizer “queimar até o fim”. Segundo a palestrante, a sensação de quem está com a doença é de que o trabalho está consumindo, causando exaustão. “Com o advento da tecnologia, o fato de levarmos trabalho para casa, de estarmos sempre sendo conclamados a atingir metas, é adoecedor, compromete a saúde”, alerta.
Pessoas em torno de 40 anos, solteiros que moram sozinhos, pessoas que trabalham há mais de dez anos na mesma área, que ocupam cargos de gestão, que são perfeccionistas, idealistas, se frustram com mais facilidade e, em geral, mulheres fazem parte do grupo de risco.
Para Patrícia, o colaborador pode tomar algumas medidas preventivas, como: cultivar relacionamentos; ter equilíbrio entre família, trabalho e lazer; ir para casa ou lazer depois do expediente; e gostar do que faz. Cabe à organização de trabalho: proporcionar humor ao ambiente, adequar perfil à função, proporcionar tempo para descanso e controlar excesso de trabalho e hora extra.
“Quando o trabalhador começa a ter sintomas de despersonalização, como atitudes negativas, insensibilidade ou cinismo com os colegas de trabalho; cansaço e mal estar, por exemplo, é preciso ficar alerta”, adverte a psicóloga. Foram entregues aos servidores um teste para identificar a presença ou a intensidade da síndrome.
Cláudio Alcântara, lotado no Departamento de Engenharia do Tribunal, disse que ficou sabendo sobre o evento e sentiu interesse em participar por achar importante adquirir conhecimento pessoal e profissional. Colaboradores do Tribunal, do Centro de Documentação e Informática e da Corregedoria-Geral da Justiça participaram da capacitação.