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Poderes Judiciário e Legislativo formam mais uma turma do projeto “Bem-Me-Quero” 

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O projeto Bem-Me-Quero, fruto de parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado (TJCE) e a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), acaba de formar uma nova turma de mulheres. Ao todo, 13 concludentes, entre egressas do sistema penitenciário e vítimas de violência doméstica, receberam seus diplomas, nesta quinta-feira (29/02), no auditório Lucila Bomfim, da Alece. 

Uma das formandas desta turma é a Maria Pastora Simão da Silva, que garante ter tido a vida transformada. “O projeto mudou muito a minha vida. Hoje eu sou uma nova mulher, saí do sistema prisional, já fiz cinco cursos e do Bem-Me-Quero já é o segundo. Falar desse projeto, para mim, é transformação de pessoa porque, antigamente, eu era muito arredia. Hoje eu tenho paciência, sei falar bem, sei me comportar, sou uma nova pessoa”, celebra. 

A capacitação incluiu curso de inteligência emocional voltado para o fortalecimento da autoestima. O objetivo é construir e treinar mulheres com as habilidades de inteligência emocional para, assim, promover a superação de conflitos internos, a melhoria dos relacionamentos e o bem-estar. Quem ministra as aulas é a master coach Viviane do Vale. 

Iniciada em 2019, atendendo egressas do sistema penitenciário, a ação foi expandindo. Desde 2021, são contempladas mães atípicas, mulheres vítimas de violência e servidoras do Poder Legislativo. 

Coordenadora do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF) do TJCE e titular da 2ª Vara de Execuções Penais de Fortaleza, a juíza Luciana Teixeira Souza destacou a necessidade da iniciativa para a vida de tantas mulheres. “O projeto é muito especial exatamente por isso, pela sensibilidade das mulheres de se disponibilizarem a fazer esses encontros, de ajudarem as participantes nessa reconstrução e no fortalecimento da autoestima, algo fundamental para todas nós”. 

A primeira-dama da Alece, Cristiane Leitão, parabenizou as formandas. “Temos que cuidar das pessoas, isso é obrigação. Eu acredito que plantamos essa sementinha do cuidado. Oferecemos todo esse parlamento aberto, o que precisarem estaremos aqui”. 

É muito importante que elas tenham essa oportunidade não como algo que é visto como se fosse secundário, um privilégio, quando na verdade isso é fundamental para nós, como mulheres.