POLÍTICA
05.05.10
Em sua primeira sessão na presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro Cezar Peluso, discutiu ontem com um conselheiro, a ponto de questionar se colega o julgava “imbecil“.
O CNJ analisou processo contra o juiz do Maranhão Abrahão Lincoln Sauáia, da 6ª Vara Cível de São Luiz (MA), por condenar a Vasp a pagar indenização de R$ 1,7 milhão a um passageiro que teve a mala extraviada.
O relator do caso, o conselheiro cearense Jorge Hélio, propôs censura contra o magistrado, que, segundo ele, atou de forma desproporcional ao aplicar um pagamento tão alto. Peluso, porém, divergiu e argumentou que o juiz não deveria ser censurado naquele momento, já que responde a outros processos no próprio conselho. Propôs, então, que o caso fosse juntado às outras ações para tudo ser julgado conjuntamente.
O conselheiro Marcelo Neves discordou do presidente e o questionou se ele acreditava que uma irregularidade isolada nunca poderia levar a uma punição. Peluso, visivelmente irritado, respondeu: “Vossa excelência está supondo que eu sou tão imbecil e não sou capaz de imaginar que um caso isolado possa provocar fraude?“ Marcelo Neves, que preferiu não polemizar. Ao final, todos os conselheiros, inclusive Jorge Hélio e Marcelo Neves, acabaram concordando com Peluso. (da Folhapress)