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Julgamento de Lara é adiado outra vez

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11.12.2009 Polícia
Pela segunda, vez em uma semana, a Justiça foi obrigada a adiar o julgamento da estudante universitária Lara França Rocha, 22, acusada de ter assassinado a própria mãe adotiva, a aposentada Iracema Carvalho Lima, 72, no ano passado. A vítima foi queimada viva, depois de ter gasolina jogada no quarto do apartamento onde ela dormia.
Na semana passada, o júri foi adiado em virtude do falecimento do desembargador Wilton Machado Carneiro, fato que fez o Tribunal de Justiça do Estado a declarar ponto facultativo no TJ e no Fórum Clóvis Beviláqua. Ontem, o motivo do adiamento foi a ausência dos dois advogados de defesa da ré, Alexandre do Carmo Batista e Cristian Abreu Duarte.
Defensor
Os dois advogados alegaram que, no momento em que seria realizado o julgamento, ambos participavam de uma audiência de conciliação na Décima Vara de Família. O juiz de Direito, José de Castro Andrade, titular da 3ª Vara do Júri, que iria presidir a sessão, decidiu nomear um defensor dativo (defensor público) para atuar no julgamento, que foi remarcado para a próxima terça-feira (15). Caso os advogados de Lara não compareçam ao julgamento, sua defesa será patrocinada pelo Estado.
A promotora de Justiça Joseana França Pinto disse que o adiamento do julgamento em nada afetará a acusação. Lara será julgada como autora de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel (fogo) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Se condenada à pena máxima, a sentença será de 30 anos de prisão.
Lara chegou a confessar o crime na Polícia Civil, onde deu detalhes de como perpetrou o assassinato da mãe adotiva. Teve a prisão preventiva decretada e foi recolhida ao Presídio Feminino.
No entanto, na cadeia, ela redigiu uma ´carta à sociedade´. em que afirmou ter sido forçada a fazer a confissão.