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Família de ciganos acusada de duplo homicídio em Itapajé será levada a júri popular

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Os réus Francisco Augusto da Costa, vulgo “Alfredo Cigano”, Francisco Gleyson Costa (“Gleyssinho”) e Maria Ziulan da Costa serão levados a júri popular pela morte de duas pessoas no Município de Itapajé, distante 122 km de Fortaleza. A determinação é da juíza Juliana Porto Sales, titular da 1ª Vara da Comarca local. “Diante da prova da materialidade do crime e indícios de autoria, deve a denúncia ser admitida e, por conseguinte, os réus pronunciados”, disse a magistrada na decisão.
Eles são acusados de participação nos assassinatos de Carlos César Barroso Magalhães, à época com 22 anos, e de José Wilson Barroso Forte Júnior, de 27. A outra vítima, Maxwell Magalhães Caetano (23 anos), sobreviveu, mas ficou tetraplégico. O crime causou grande comoção na cidade e ganhou repercussão no país.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), o fato ocorreu no dia 29 de julho de 2000, por causa de uma briga envolvendo uma mulher. Após a ação, todos fugiram e passaram 17 anos foragidos. Eles foram presos pela polícia em novembro de 2017.
Em Juízo, negaram a autoria dos crimes. A defesa alegou que as testemunhas ouvidas durante a instrução processual não foram conclusivas, de modo que há contradição nos depoimentos. Em razão disso, pediu a absolvição deles.
Ao analisar a prova dos autos, a juíza pronunciou os réus e determinou que sejam levados a júri popular. “Estou convencida da existência de indícios suficientes de autoria e/ou participação dos denunciados a permitir o prosseguimento da acusação contra os réus, considerando o conjunto probatório dos autos”, explicou a juíza na decisão, proferida no último dia 4 de setembro.