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Exposição no Fórum Clóvis Beviláqua alerta para as formas de violência contra a mulher

Exposição no Fórum Clóvis Beviláqua alerta para as formas de violência contra a mulher

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No mês em que se celebram os 13 anos de existência da Lei Maria da Penha, o Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, lançou campanha para conscientizar frequentadores do local sobre os diversos tipos de violência contra a mulher. A abertura da exposição ocorreu nesta terça-feira (06/08) e contou com a presença da diretora do Fórum, juíza Ana Cristina Esmeraldo, e da juíza auxiliar do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, Teresa Germana Lopes, além de outros magistrados e servidores.
A ideia da campanha é mostrar um caminho com barreiras, compostas por homens em tamanho real e por frases ameaçadoras que muitas mulheres escutam no cotidiano e que podem ser sinal de um relacionamento abusivo. Ao fazer o caminho inverso, os mesmos totens passam a veicular mensagens positivas, tais como: “nenhuma forma de violência é aceitável”. No chão, há ainda frases de ânimo às vítimas e informações de como denunciar, por meio do Ligue 180.
Segundo a juíza Teresa Germana, a iniciativa do Juizado da Mulher em parceria com o Fórum da Capital visa alertar a população e também promover reflexão sobre os vários tipos de violência, tanto a física quanto a patrimonial e psicológica. “É importante cada vez mais esse trabalho preventivo e tentar romper com o ciclo de violência, que muitas vezes começa com situações de humilhação e agressão psicológica, e pode culminar com um feminicídio.”
A juíza Ana Cristina Esmeraldo ressaltou que a exposição encontra-se em um lugar com grande fluxo de pessoas, podendo impactar os mais diversos públicos. “São informações úteis que podem servir também a uma vizinha, uma amiga ou alguma conhecida que precise dessa ajuda para tomar uma inciativa”.
Também participaram do lançamento os juízes José Maria Sales, vice-presidente da Associação Cearense de Magistrados; Deusdeth Rodrigues, titular da 2ª Vara da Infância e Juventude; e Jaime Medeiros, titular da 4ª Vara da Infância e Juventude.

ALERTA DE QUEM SOFREU VIOLÊNCIA
A atendente Cirlene Mota veio ao Fórum para resolver um processo e se emocionou ao ver os totens. Vítima de violência doméstica, sofreu por quatro anos nas mãos do ex-marido. “A frase que eu mais ouvia dele e que eu vi aqui foi ‘quando chegar em casa a gente conversa’. Ele também sempre dizia que não ia fazer mais aquilo, mas bastava beber para tudo se repetir”, relatou.
Ela chegou a passar três dias em cárcere privado com o filho, mas conseguiu a liberdade com a ajuda de vizinhos, e deu um basta. Há 11 anos, recomeçou a vida. “No começo é tudo bom, mas depois tudo pode mudar. Fica um alerta, principalmente para as jovens.”
SERVIÇO
Evento: Exposição de Combate à Violência contra a Mulher
Local: Hall de entrada do Fórum Clóvis Beviláqua
Período: durante todo o mês de agosto
Aniversário da Lei n 11.340/06 (Lei Maria da Penha): 7 de agosto