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Equipe da Escola Nacional da Magistratura visita Memorial do Judiciário para gravar documentário

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O Memorial do Poder Judiciário estadual, localizado no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), recebeu a visita de uma equipe da Escola Nacional da Magistratura (ENM). Eles vieram a Fortaleza gravar, nesta sexta-feira (23/03), o acervo para viabilizar documentário sobre a história que o local preserva, por meio de documentos, fotos, móveis e outros itens.
A desembargadora Claudia Pires, do TJ do Rio de Janeiro e coordenadora do Núcleo de Museu, Memória e Justiça da ENM, também entrevistou o desembargador Francisco de Assis Filgueira Mendes, coordenador do Memorial do TJCE. O magistrado explicou a importância de personalidades que têm os trabalhos preservados, como o jurista cearense Clóvis Beviláqua, autor do anteprojeto do primeiro Código Civil brasileiro, de 1916; e o padre Cícero Romão Batista, líder político e religioso de reconhecimento internacional.

O projeto de filmagem da ENM tem a finalidade de fazer o resgaste histórico da memória do Judiciário brasileiro. A iniciativa já contemplou os Museus das Justiças fluminense e mineira. A Corte cearense é a terceira a receber a equipe. Os próximos serão o Centro Cultural da Justiça Federal no RJ e o Museu de Niterói, também no Estado do Rio.
A desembargadora Claudia Pires afirmou que a ideia é levar os acervos, por meio audiovisual, para todos os magistrados brasileiros, possibilitando assistir ao conteúdo por meio do computador. “A nossa vinda ao Ceará é porque aqui é a terra de Clóvis Beviláqua, de relevância para o Direito no país, e parte da vida dele está no Memorial, assim como outras personalidades.”

O grupo, formado ainda pelo diretor-presidente da ENM, juiz Marcelo Piragibe; pelo diretor de Ensino a Distância da ENM, Walter Capanema, e de Vitória Lago, do Núcleo de Memória; também fez visita de cortesia ao presidente do TJCE, desembargador Gladyson Pontes; e ao diretor da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), desembargador Heráclito Vieira de Sousa Neto. Eles estiveram acompanhados do coordenador da Esmec, juiz Ângelo Vettorazzi.
O Memorial do Judiciário permite conhecer a história da Justiça cearense e um pouco das tradições do Estado. Nele, é possível ver o fac-simile do testamento de Padre Cícero Romão Batista; o inventário do Dr. Floro Bartolomeu da Costa; o anteprojeto original do Código Civil brasileiro, elaborado pelo cearense Clóvis Beviláqua; fotos com a composição do TJCE ao longo dos anos; mobília do Pleno da década de 1930; urnas em madeira utilizadas pelo Tribunal Popular do Júri; e outros objetos de riqueza histórica e cultural relevantes.
Aberto à visitação pública, o Memorial funciona das 8h às 18h, de segunda a quinta-feira, e das 8h às 17h, nas sextas-feiras. O servidor e historiador João Franklin é o responsável pelas explicações aos visitantes.