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Começar de Novo: campanha também foi divulgada no estádio Couto Pereira, em Curitiba

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07.12.09
?A parceria entre o Conselho Nacional de Justiça e o Clube dos 13 contribui para sensibilizar a sociedade?, disse neste domingo (06/12), a conselheira Morgana Richa, que esteve presente na partida entre o Coritiba e o Fluminense, realizada no estádio Major Couto Pereira. De acordo com a conselheira, a divulgação do Projeto Começar de Novo nas partidas finais do campeonato brasileiro é uma forma de sensibilizar a sociedade para a questão da reinserção social dos presos.
A conselheira do CNJ disse ainda que esse tipo de divulgação ajuda a reduzir o preconceito em relação aos egressos do sistema prisional. ?O futebol é uma paixão nacional e essa divulgação nos estádios é muito importante?, afirmou. Morgana Richa lembrou que a reinserção do preso ou egresso no mercado de trabalho é uma questão de segurança pública. Na avaliação da juíza, com a criação de oportunidades de emprego para os presos, consequentemente haverá uma redução nos casos de reincidência. ?Com o trabalho, há a reabsorção e a recuperação do egresso?, justificou.
Faixa – Durante a partida decisiva, que valia uma vaga na primeira divisão do campeonato brasileiro, uma faixa promocional do Projeto Começar de Novo foi divulgada dentro do campo. Com o slogan ?Trabalho para ex-detentos, mais segurança para todos?, o CNJ e o Clube dos 13 pretendem incentivar empresas, entidades sociais e órgão públicos a oferecerem postos de trabalho aos egressos do sistema prisional. O goleiro do Coritiba Edson Bastos aprovou a campanha e enfatizou a importância do trabalho. ?É sempre bom dar oportunidade de trabalho e resgatar a auto-estima do ser humano?, comentou. Segundo ele, é preciso ?dar uma segunda oportunidade, uma segunda chance ao ser humano?.
O torcedor do Fluminense, Joelson Ribeiro Gomes, comentou a campanha e disse ainda haver muito preconceito em relação aos presos. ?Muitos empresários têm medo de dar emprego a essas pessoas, mas se eles não trabalharem voltarão para o mundo do crime?, afirmou.
Mutirão carcerário: Além de incentivar a contratação de presos no estado, nos próximos dias o CNJ realizará, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), mutirão carcerário nos presídios do Paraná. O objetivo é revisar a situação processual dos detentos e verificar a regularidade no cumprimento da pena. Até o momento, o Conselho já promoveu 18 mutirões carcerários e verificou irregularidades e excessos no cumprimento das penas. De acordo com a conselheira Morgana Richa, o estado possui cerca de 12.500 presos apenas nas delegacias.
EN/SR
Agência CNJ de Notícias