22.06.10
Domingos Sávio Victor da Silva, acusado do assassinato de José Alves de Sousa, será levado a julgamento pelo 3º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua nesta terça-feira (22/06), às 14h30. O réu será julgado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, cometido com meio cruel e mediante recurso que tornou impossível a defesa do ofendido, combinado com concurso de pessoas.
O julgamento de Domingos Sávio havia sido marcado para o dia 1º deste mês, mas precisou ser remarcado devido ao não comparecimento do promotor de Justiça Humberto Ibiapina Lima Maia, por motivo de saúde.
O crime aconteceu no dia 12 de setembro de 1987, por volta das 23h, em uma ?casa de forró? localizada na rua Boa Vista, bairro Castelão, em Fortaleza. Segundo a denúncia do Ministério Público, baseada em inquérito policial, Domingos Sávio estava no local com um grupo de amigos quando avistou José Alves, sentado em uma mesa, e decidiu arrancar o boné da vítima.
Inconformado com a atitude, José Alves deu um soco no acusado e pegou o boné de volta. Nesse momento, Domingos Sávio teria ido chamar seus amigos para, juntos, agredirem a vítima. José Alves correu, mas foi atingido na cabeça com um golpe de ?nunchaku?, instrumento usado em lutas de artes marciais. Caído no chão, ele ainda foi atingido por vários golpes de faca.
Após prestar depoimento, Domingos Sávio fugiu, mas o processo continuou a tramitar. Em 1997, ele foi pronunciado e a Justiça expediu mandado de prisão. No entanto, só foi capturado em 8 de janeiro deste ano. O réu está preso na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza.
Erialdo de Lima Santos, também acusado de ter participado do assassinato, foi julgado no dia 5 de março de 1998 e condenado a 4 anos de reclusão.
O juiz José de Castro Andrade, titular da 3ª Vara do Júri, presidirá o julgamento. A defesa será feita pelo advogado Hilário Melo Torquato, enquanto a acusação vai ser patrocinada pelo promotor de Justiça Humberto Ibiapina Lima Maia.
Fonte: TJ/Ceará