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Acusado de encomendar morte da sogra está sendo julgado pelo 4º Tribunal do Júri de Fortaleza

Acusado de encomendar morte da sogra está sendo julgado pelo 4º Tribunal do Júri de Fortaleza

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O Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Júri de Fortaleza está julgando dois acusados da morte de Maria das Graças Martins Nina, que teria sido encomendada pelo genro. São eles: José Walter dos Santos Morais (o genro) e Júlio César Bezerra de Carvalho. O júri, sem previsão para terminar, teve início por volta das 13h30, desta quinta-feira (17/11).
Eles foram pronunciados por homicídio qualificado (mediante paga e promessa de recompensa, com emprego de asfixia e mediante dissimulação, e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). José Walter ainda responde a mais uma qualificadora: por motivo torpe. A acusação está a cargo da promotora de Justiça Marcia Lopes Pereira e do assistente de acusação, o advogado Ernando Uchôa Sobrinho.
A sessão está sendo presidida pelo juiz Edson Feitosa dos Santos Filho. A defesa de Júlio César está sendo realizada pelo defensor público Luis Átila de Holanda Bezerra, que sustenta a tese de menor participação. Os advogados José Raimundo Menezes Andrade, Elizângela Mororó e Sílvio Vieira da Silva estão à frente da defesa de José Walter, que sustenta a tese de negativa de autoria.
O CRIME
Conforme os autos, em fevereiro de 2015, Júlio e Maria das Graças iniciaram um relacionamento. No dia 20 daquele mês, se encontraram no carro dela, na rodoviária de Fortaleza, no bairro de Fátima. Depois que ela estacionou (atrás do terminal), ele a asfixiou com um arame, perfurou o pescoço dela com uma faca de cozinha e fugiu. Júlio teria sido contratado por José Walter por R$ 4 mil. As motivações seriam um seguro, do qual a esposa deste seria a maior beneficiária, e a partilha da herança da vítima.
Indicado por Júlio e José Walter como um dos autores do crime, Francisco de Assis da Silva Gomes, também tornou-se réu em maio último. Segundo o aditamento da denúncia, feito pelo Ministério Público do Ceará (MP/CE), ele teria intermediado a negociação e sido um dos executores do homicídio. Ele está foragido e sua participação será apurada em autos apartados.