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Virtualização da Justiça do CE: transparência e agilidade

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28.01.2011 opinião
A entrada da Justiça cearense na era da Internet é uma das boas notícias deste início de ano. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça (TJ-CE), Ernani Barreira, os processos do órgão dirigido por ele serão 100% virtuais até 2012. A aquisição e a utilização de dispositivos móveis e de Internet sem fio pelos desembargadores já estão sendo implementadas como parte do Projeto de Virtualização do TJ-CE. Com isso, a expectativa é de uma maior celeridade nos julgamentos de processos, dando mais eficácia e comodidade ao trabalho dos magistrados, já que os novos tablets e smartphones irão permitir que os desembargadores acessem, a qualquer hora, e de onde estiverem, os processos que tramitam no Tribunal.
Graças às novas gerações de aparelhos eletrônicos, com funcionalidades semelhantes às de um computador (mas em tamanho menor), os desembargadores poderão acessar processos através de um único dispositivo. E poderão fazê-lo principalmente de casa, passando a desfrutar de uma comodidade já desfrutada por profissionais de várias categorias. Estima-se que em 60 dias todos os desembargadores estarão munidos desses novos e maravilhosos instrumentos de trabalho.
Quem ganha com isso? Em primeiro lugar, os próprios magistrados que têm a responsabilidade de enfrentar a cada ano uma montanha infindável de papéis por onde são carreados os litígios de uma sociedade cada vez mais complexa, cujos componentes também estão cada vez mais ciosos de seus direitos. Em segundo lugar ? ou simultaneamente ? a própria sociedade, já que uma das maiores queixas dos brasileiros é a lentidão da Justiça. Esta, quanto mais entravada por uma processualística labiríntica mais cara sai para os cidadãos ? não só em termos financeiros, mas, também, devido ao desgaste da espera, numa sociedade regida pela premência do tempo.
O Ceará sempre procurou estar sintonizado com as transformações em curso, no Brasil e no mundo. Não ficou alheio à revolução trazida pelas novas tecnologias. Esse processo chega agora à Justiça e é mais um passo para entrosar a sociedade e suas instituições com vistas à transparência e ao aperfeiçoamento dos mecanismos fomentadores de uma democracia efetiva.