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Setembro Amarelo: programação no TJCE destaca as causas e orienta jovens na prevenção ao suicídio

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A Campanha Setembro Amarelo já está se encerrando, mas a valorização da vida permanece o ano todo. O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) reconhece a importância do diálogo para a conscientização e a prevenção do suicídio e, por esse motivo, aderiu à mobilização. Com isso, foram promovidas várias atividades em parceria com a Associação Cearense de Magistrados (ACM), que beneficiou alunos de escolas públicas de Fortaleza, além de servidores do Judiciário cearense.
O lançamento ocorreu no dia 10, no Fórum Clóvis Beviláqua, com distribuição de laços amarelos, símbolo mundial da mobilização e apresentação da Banda da Polícia Militar. Três dias depois (13/09), no mesmo local, 100 adolescentes do 8º e 9º da Escola Municipal Professora Teresinha Ferreira Parente assistiram à palestra “Dito por não dito: quebrando paradigmas. O encontro em prol da valorização à vida”. O tema foi ministrado pela psicóloga Cibele Gadelha Castelo Barros.

No dia seguinte (14), foi a vez do TJCE de receber 200 alunos de três escolas da rede municipal de ensino que receberam orientações sobre a temática “Prevenção e Estratégia de Ação em Crise Suicida”, proferida pelo major Edir Paixão, comandante da 1ª Seção de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros.

A programação foi encerrada no dia 19, com o tema “Como lidar melhor com as frustrações”, explanado pelo psicólogo do Tribunal, José Carlos Xavier. Ele falou sobre bullying, necessidade de aceitação dos jovens nos grupos, vulnerabilidades da adolescência, personalidade e busca por referência. Citou ainda problemas sentimentais que os adolescentes têm, carência por atenção, carinho dos pais, entre outros.

Para a idealizadora das ações no Judiciário cearense, desembargadora Lisete de Sousa Gadelha, a iniciativa “desperta as pessoas a enxergarem a importância desse assunto em nossa sociedade. Muitas vezes a gente não sabe o que os nossos familiares, amigos e colegas de trabalho estão passando e, por não sabermos identificar alguns sinais de que aquela pessoa não está bem, não conseguimos ajudá-la. E as palestras serviram para isso. Elas trouxeram essas reflexões, sempre nos orientando a observar melhor quem está ao nosso lado e a se importar com o próximo. Mostrou ainda que se a gente também precisar de ajuda, saberemos aonde encontrar.”
A magistrada reforçou ainda que, no Judiciário, “existe, há 12 anos, essa preocupação com a saúde mental do servidor. Reconhecemos que se um serventuário está bem mentalmente isso impactará significativamente na prestação jurisdicional. Não só no aspecto profissional e sentimental, mas em todas as áreas da vida”.
CANAIS DE ATENDIMENTO
A desembargadora também destacou que o Município de Fortaleza conta com diversos canais de atendimentos disponibilizados o ano todo para pessoas que estão passando por alguma situação delicada e que precisam de ajuda como por exemplo, o Núcleo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará, o Programa de Apoio à Vida (PraVida) da Universidade Federal de Fortaleza, o Centro de Valorização da Vida (CVV), a Rede Cuca, entre outros órgãos.