
Palestra alerta infratores da Lei Maria da Penha sobre riscos do álcool e das drogas
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- 12-04-2013
O Núcleo de Atendimento ao Homem Autor de Violência Doméstica contra a Mulher (Nuah) debateu, nesta sexta-feira (12/04), os temas álcool e drogas com 22 infratores da Lei Maria da Penha. A oficina socioeducativa, ocorrida no Fórum Clóvis Beviláqua, teve como palestrante a psicóloga Silvana Ferreira, do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-AD), da Regional II, da Prefeitura de Fortaleza.
Durante o evento, a juíza Maria das Graças Almeida de Quental, titular da Vara de Penas Alternativas da Comarca de Fortaleza, ressaltou a oficina como espaço para os assistidos pelo Nuah contarem as dificuldades e buscarem ajuda. “Esse trabalho é dedicado a vocês. Não tenham vergonha de participar”, disse.
Para a psicóloga Silvana Ferreira, ministrar palestras de prevenção permite divulgar o trabalho dos Caps e estabelecer parcerias de trabalho. “São esforços para diminuir o estigma em torno das drogas”.
Também presente no encontro, a coordenadora de Políticas sobre Drogas da Prefeitura de Fortaleza, Juliana Sena, destacou a importância de atuar de forma integrada para fortalecer a rede de atenção aos dependentes químicos. “Estamos buscando conhecer as iniciativas para potencializar as ações. Aqui é um espaço de informação riquíssimo”, avaliou.
O auxiliar administrativo F.S.X., um dos infratores assistidos pelo núcleo, considerou a palestra esclarecedora. “Foram apresentados exemplos para a gente não cair nas drogas e nas bebidas”. Outro participante, o servente L.P.S., concluiu, após o encontro, que “as drogas não têm futuro”. Disse, ainda, que “está errado um filho ver um pai se drogando”.
O NUAH
Esta é a sexta oficina socioeducativa promovida pelo Nuah. Nos encontros, que ocorrem todos os meses, convidados diferentes debatem temas relacionado à violência com infratores da Lei Maria da Penha. De acordo com a coordenadora do projeto, Tatiane Carneiro de Castro, a iniciativa é voltada para assistidos pelo Núcleo que têm pouco tempo para comparecer ao Fórum Clóvis Beviláqua com o intuito de receber acompanhamento.
Os apenados são encaminhados ao Nuah pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital. No núcleo, eles são atendidos por uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais de Psicologia, Assistência Social e Direito.
O Nuah é um projeto da Vara de Penas Alternativas da Comarca de Fortaleza, em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado e com o Ministério da Justiça.