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Fórum Clóvis Beviláqua incentiva plantio de espécies nativas em parceria com Movimento Pró-Árvore

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Na terceira matéria da série Sustentabilidade, você vai
conhecer o trabalho pioneiro que está arborizando o
entorno do Fórum de Fortaleza com plantas nativas

Como forma de resgatar o ecossistema local da caatinga e do litoral cearense por meio das plantas nativas, servidores do Fórum Clóvis Beviláqua (FCB) realizam, regularmente, o plantio de árvores nos jardins e estacionamentos da Instituição. A iniciativa é promovida por membros do Movimento Pró-Árvore, com a participação de colaboradores do FCB que apoiam a causa.
O trabalho é minucioso e os servidores envolvidos fazem estudos em relação às espécies nativas em extinção no Ceará, conhecendo os biomas locais e conseguindo sementes desses gêneros que ameaçam desaparecer. Eles têm o apoio da Diretoria do Fórum, que acompanha de perto as ações e reconhece a importância do resgate do ecossistema que existe ao redor do prédio.
Segundo Iderlândio Morais, membro do Movimento Pró-Árvore e técnico judiciário lotada na Secretaria Judiciária (Sejud) VII, a intenção do projeto é trazer mais vida e estética às dependências do Fórum e resgatar as espécies de plantas que ameaçam desaparecer no Nordeste brasileiro, especialmente no Ceará. Ele ressalta que, para o trabalho ser exitoso, o plantio precisa ser bem-feito e harmônico em relação aos aspectos paisagísticos da Instituição. “Nossa intenção é arborizar de modo correto. Para isso, se faz necessário um estudo das árvores que já existem ao redor do prédio, antes mesmo de plantar novas”, afirmou.
SUBSTITUIÇÃO DE ESPÉCIES INVASORAS
Morais lembra ainda que existem espécies invasoras que são nocivas às que já existem, por não pertencerem ao bioma nativo. Um exemplo é o Nim (Azadirachta indica-meliaceae), proveniente da Índia, que quando inserido em meio às árvores nativas, tende a invadir os seus respectivos espaços com certo descontrole, apesar da boa adaptação que possuem ao clima local. “Quando as espécies não estão em seu habitat, acabam gerando o efeito reverso no ambiente, sendo nocivas às demais, inibindo o crescimento delas. Até mesmo os animais sentem o desequilíbrio, porque elas tornam-se tóxicas.”

A espécie invasora começou a ser removida das dependências do Fórum em junho do ano passado e a ideia é que ela seja eliminada dos jardins do prédio e substituída por plantas nativas, mediante orientação especializada.
Antônio Sérgio Farias Castro, oficial de justiça, engenheiro agrônomo, especialista em botânica e membro do Movimento Pró-Árvore, afirma que o plantio de espécies nativas no FCB é uma forma de tornar a natureza local mais acessível às pessoas que frequentam a área. “Algumas plantas nativas não estão mais tão acessíveis. Colocá-las nos jardins de um prédio como o Fórum é dar ao público a oportunidade de conhecer mais as origens da sua região por meio do contato direto com a natureza em uma simples visita.”
Castro adiantou que as mudas plantadas no Fórum em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, serão conhecidas também pelas gerações futuras, visto que a longevidade da existência de algumas árvores superam a expectativa de vida do homem. “Algumas plantas que foram colocadas aqui podem existir por cerca de cem anos ou mais. É belo pensar que as próximas gerações poderão usufruir do que plantamos hoje.”
PARCERIA
Em março deste ano, a diretora do Fórum Clóvis Beviláqua, juíza Ana Cristina Esmeraldo, reuniu-se com os responsáveis pela iniciativa de rearborização das dependências do prédio para conhecer melhor o trabalho dos servidores e propor novas metas para a atual Gestão. Na ocasião, a gestora ouviu dos voluntários quais são os principais desafios para realização do projeto na Instituição e ofereceu apoio para que seja dada continuidade à iniciativa.
Em maio, teve início a primeira atividade com o apoio da nova Gestão: o plantio de Ipês Amarelos em um dos principais estacionamentos do prédio. O momento também foi uma homenagem às mães do Judiciário cearense.
Desde o ano passado, o Movimento Pró-Árvore foi responsável pelo plantio de 44 árvores e arbustos de 13 espécies nas dependências do Fórum, sendo elas pau-branco, pajeú, ubaia, macaúba, jucá, ipê-amarelo, bordão, peroba, jacarandá, barbasco, guajiru, cana-de-macaco e jenipapo.