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Falta de conscientização dos motoristas

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15.06.2009 Fortaleza pág.: 06
Quase 1.400 processos tramitam hoje na Vara Única de Trânsito. O número é praticamente o mesmo do ano passado, quando O POVO fez uma série de matérias sobre a impunidade nos crimes de trânsito. Na época, conforme o juiz José Alberto de Almeida, a maior dificuldade da vara era punir adequadamente os motoristas que matavam e feriam no trânsito do Ceará. Ele esperava que, com a Lei Seca, a quantidade de processos fosse diminuir, assim como a seriedade dos acidentes. Mas isso não aconteceu.
“No início, surtiu algum efeito, mas depois – como quase tudo no Brasil-,
amoleceu”, avalia o juiz. Para ele, o grande problema é falta de conscientização e de educação de grande parte dos motoristas. “A maior dificuldade que nós temos é com a conduta dos motoristas”. Outra dificuldade destacada pelo juiz é a possibilidade de o motorista pagar fiança para ser liberado quando é preso por dirigir alcoolizado. “É o delegado que determina o valor. Isso está errado”.
De acordo com José Alberto, a situação no julgamento de crimes de trânsito ficou ainda pior este ano. “Tínhamos duas varas de trânsito no Fórum Clóvis Beviláqua. Em março deste ano, elas foram transformadas em vara única”, afirma. Até agosto, todas as audiências já marcadas pela antiga 2ª Vara de Trânsito continuam sendo realizadas pela manhã. “Fizemos isso para que as pessoas não perdessem tempo nos processos”, explica a diretora da Vara Única, Marta Esdras. A partir de setembro, as audiências serão realizadas apenas à tarde, o que deverá acumular os processos. Para se ter uma ideia, só há vagas para 2011. (YG)