23.10.2010 Opinião
Seria de bom arbítrio que se adotassem medidas enérgicas objetivando a supressão, sem mais procrastinação, do nepotismo que ganha abrangência nos três poderes, afim de que o país possa superar o problema, que remonta à formação do Estado brasileiro, cujo caráter assistencialista é inquestionável. Assere-se que, por força da coercitividade direta das suas decisões, o Judiciário é o poder da República que mais depende de credibilidade. Não obstante a existência de proibição no plano da legislação ordinária, convém aduzir que a Associação dos Magistrados Brasileiros desenvolve esforços, há vários anos, para que a matéria em lide seja tratada no âmbito da Lei Magna de sorte a evitar qualquer tipo de exceção porventura criada pela legislação infraconstitucional. Impõe-se que haja pertinácia e desempenho sistematizado no sentido de que não se perca a oportunidade de atender esse legítimo anseio popular com vista ao salutar propósito de escoimar o nepotismo de todas as instâncias e formas
de poderes.
Godofredo de Castro Maia
Fortaleza-CE