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Decretada prisão preventiva de mais um acusado  do assassinato de Dandara dos Santos

Decretada prisão preventiva de mais um acusado do assassinato de Dandara dos Santos

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Seis acusados de terem participado da morte da travesti Dandara dos Santos tiveram a prisão temporária convertida em preventiva (sem prazo pré-definido), nessa quarta-feira (22/03). Foram eles: Francisco José de Oliveira Júnior, Jean Victor Silva Oliveira, Rafael Alves da Silva Paiva, Francisco Wellington Teles, Júlio César Braga da Costa e Isaías da Silva Camurça. Além disso, um sétimo réu, Jonatha Willyan Sousa, que foi incluído na denúncia ofertada pelo Ministério Público na última segunda-feira (20), também teve a prisão preventiva decretada.
De acordo com a denúncia, no dia 15 de fevereiro deste ano, por volta das 17 horas, no bairro Bom Jardim, os acusados, juntamente com pelo menos outros cinco adolescentes já identificados, espancaram Antonio Cleilson Ferreira de Vasconcelos, que utilizava o nome social Dandara, com socos, chutes e pauladas, agressões que lhe causaram extremo sofrimento físico e psicológico. Posteriormente, a vítima foi atingida com dois tiros e uma forte pedrada na cabeça, o que resultou em sua morte por traumatismo craniano. As imagens do crime foram registradas por meio de aparelho de telefone celular e divulgadas em diversas redes sociais.
Eles foram denunciados por homicídio quadruplamente qualificado, por motivo torpe (por ser alimentado por preconceito e homofobia), motivo fútil (pois os acusados acreditavam que Dandara estava cometendo pequenos furtos na região, onde eles praticam tráfico de drogas), meio cruel e com uso de recurso que tornou impossível a defesa da vítima. Além disso, a denúncia incluiu também o crime de corrupção de menores.
Ao receber a denúncia, nessa terça-feira (21/03), a juíza titular da 1ª Vara do Júri de Fortaleza, Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, determinou a citação dos envolvidos para, no prazo de dez dias, responderem à acusação. Caso não apresentem defesa e não constituam advogado dentro prazo legal, o caso será encaminhado à Defensoria Pública.