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Acusado do assassinato de policial militar vai a novo Júri Popular

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A 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua manda a novo julgamento nessa, quinta-feira (21/05), Irandy de Souza Silva, o ?Louro?. Ele é acusado de participar do assassinato do policial militar Márcio Gleidson Siqueira Alves, em julho de 2004, no Conjunto Tupã-Mirim, na periferia de Fortaleza. O réu já havia sido condenado em 2007, mas recorreu da sentença.
O assassinato ocorreu no dia 4 de julho de 2004, às 9h30. Consta nos autos do processo que o policial Márcio Gleidson chegou ao “Mercadinho do Índio”, estabelecimento de propriedade de José Ribamar Sírio, o “Índio” – no qual trabalhava o réu Irandy – rendendo as pessoas que estavam no local, com duas armas, uma pistola e um revólver, e anunciou um assalto. Também participou da ação um irmão da vítima, Francisco Elvis Siqueira Alves, que saiu ferido.
Consta na denúncia que ?Índio?, também réu no processo, reagiu à tentativa de assalto e passou a trocar tiros com o policial atingido-o fatalmente. José Ribamar ficou ferido com quatro tiros. Segunda a acusação, Irandy de Souza Silva, ao ver o seu patrão ferido, também teria participado do crime. Ele foi condenado a 16 anos de prisão no dia 12 de abril de 2007.
?Índio? acabou sendo excluído do processo porque foi assassinado no interior do Rio Grande do Norte, depois de sofrer um atentado a bala, em março de 2005, quando recebeu alvará de soltura no Fórum Clóvis Beviláqua. A tentativa de homicídio, segundo relata o processo, foi praticada por um tio da vítima, major bombeiro militar Humberto.
Sustentando a hipótese de que o réu não participou do assassinato por estar atendendo a uma cliente na parte detrás do Mercadinho no momento da troca de tiros, a defesa entrou com recurso junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE). A Corte entendeu que o réu foi julgado contra a prova dos autos. Assim foi determinado um novo julgamento. Irandy aguarda o júri em liberdade.
O 3º Tribunal do Júri será presidido pelo juiz José de Castro Andrade. A defesa será feita pelo defensor público Luiz Eduardo Girão e o promotor de justiça, Humberto Ibiapina, será o responsável pela acusação.