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3º Tribunal do Júri levará a julgamento Daniel da Silva Xavier nesta terça-feira

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A 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a Júri Popular nesta terça-feira (16/06), às 13h30, o réu Daniel da Silva Xavier, acusado de furto qualificado pelo concurso de pessoas, tentativa de assassinato contra Camilo Farias de Sousa e homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por tornar impossível a defesa da vítima Edmar Pereira Dias.
De acordo com o relato do Ministério Público, no dia 21 de setembro de 2002, às 1h30, no Morro de Vitória, no Bairro Vicente Pinzon, as vítimas Camilo Farias de Sousa e Edmar Pereira Dias foram ao bar de propriedade do acusado Daniel da Silva Xavier. Ao chegar no local, a companheira de Daniel, Rosângela da Silva Marques, passou a agredir verbalmente Camilo, por motivos não expostos nos autos. A vítima passou então a revidar com palavras grosseiras.
Após o incidente, Camilo e Edmar deixaram o local. Tomando conhecimento do ocorrido, Daniel junto com os comparsas Fabiano Bernardinho de Oliveira e Rosivaldo da Silva Marques, conhecido como ?Cabeludo? foram atrás das vítimas. Ao encontrá-las, Fabiano apontou a arma para a cabeça de Camilo e o mandou deitar-se no chão. Em seguida os três passaram a aplicar-lhe pontapés.
Edmar que assistia às agressões, suplicava que Fabiano não matasse Camilo. Na oportunidade, o algoz obrigou a vítima a se levantar e correr. Quando Camilo deixava o local, Fabiano apontou-lhe a arma, atirou mas errou o alvo. Em ato contínuo, disparou, ainda, duas vezes contra a vítima, mas o projétil não foi deflagrado. Neste momento, as vítimas conseguiram escapar ilesas do local.
Depois do ocorrido, os três comparsas foram atrás de Camilo e Edmar. Ao encontrar a segunda vítima, Daniel e ?Cabeludo? passaram a espancá-la. Logo em seguida, Daniel entrega a arma para Fabiano que não hesita em atirar contra Edmar que morre no local. Após tirarem-lhe a vida, os algozes vasculharam-lhe os bolsos subtraindo o valor de R$ 70,00.
No dia 15 de outubro de 2004, Fabiano foi julgado e condenado a pena de 18 anos e 2 meses de reclusão, regime integramente fechado. Rosivaldo da Silva, o ?Cabeludo?, foi pronunciado no dia 16 de fevereiro de 2005. Ele encontra-se foragido e ainda será submetido a julgamento. Daniel recorreu da sentença de pronúncia, mas a Corte, por unanimidade, manteve a sentença mandando-o a júri popular. Atualmente, ele está preso no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II).
A acusação será feita pelo promotor de justiça, Humberto Ibiapina de Lima Maia, e a defesa será patrocinada pelo advogado João Perdigão. O Júri Popular será presidido pelo juiz do 3º Tribunal do Júri, José de Castro Andrade.