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Tribunal de Justiça apresenta projetos de leitura e cidadania na Bienal Internacional do Livro do Ceará

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O Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) marcou presença, na tarde dessa terça-feira (08/04), na XV Bienal Internacional do Livro do Ceará com a apresentação de projetos voltados à promoção da leitura e escrita no Judiciário. A participação incluiu uma roda de conversa e uma oficina de escrita criativa, reunindo servidoras(es), colaboradoras(es), além do público que prestigiou o momento, no Centro de Eventos do Ceará. 

A programação teve início com a roda de conversa para apresentação dos projetos “Ler é Legal” e “Clube de Leitura Amélia Beviláqua”. As duas iniciativas são voltadas para colaboradoras e colaboradores do Justiça estadual para incentivar a leitura e aprimorar a escrita.  

 

LER É LEGAL

Voltado para auxiliares de serviços gerais, o projeto “Ler é Legal” foi destacado como um exemplo de inclusão por meio da leitura. A proposta é incentivar a leitura como forma de aprendizado, crescimento pessoal e desenvolvimento no trabalho. Já o “Clube de Leitura Amélia Beviláqua”, criado em 2021, é inspirado em uma iniciativa do servidor Edwilson Soares Freire e promove encontros entre os participantes para trocar ideias e estimular o pensamento crítico, através da literatura.  

A diretora do Fórum Clovis Beviláqua (FCB), juíza Solange Menezes Holanda, destacou a importância das duas iniciativas para o desenvolvimento profissional das(os) colaboradoras(es) do TJCE. “Desde 2020 o Fórum Clovis Beviláqua realiza atividades para ampliar os horizontes das pessoas que trabalham conosco. Ao longo desses quase cinco anos, as participantes tiveram acesso a livros e conheceram espaços como a Assembleia Legislativa, a Biblioteca Pública, o Theatro José de Alencar e, hoje, estamos numa grande feira internacional com escritores do mundo inteiro. São muitas portas foram abertas! Parabéns por terem chegado até aqui”, afirmou. 

A importância de participar do evento e apresentar as ações desenvolvidas pelo TJCE também foi ressaltada por João Paulo Souza Silva, servidor do TJCE.“Nós podemos mostrar o trabalho que realizamos no Fórum, para além do processo judiciário. É importante que a sociedade entenda que a Justiça é muito mais que seres burocráticos. A Justiça vem para mostrar para a sociedade que há meios de promover a inclusão e a diversidade”, frisou.  

Uma das facilitadoras do “Ler é Legal”, a analista judiciária Maria Madalena Rufino, definiu o projeto como uma prática de liberdade. “Com o projeto, o TJCE assume para si a responsabilidade social da educação. Me envolvi nesse projeto, porque é uma extensão dessa responsabilidade e achei ainda mais belo por trabalhar com auxiliares de serviços gerais. Proporcionar esse espaço dentro do local de trabalho é uma prática de liberdade”, definiu.  

Outra facilitadora do projeto é a técnica judiciária Raquelina Cordeiro Arruda, que salientou a inovação e o diferencial do projeto. “Em 22 anos de TJCE eu nunca tinha visto esse tipo de iniciativa. Quando fui convidada, fiquei extremamente grata. Estar numa sala de aula junto com os colegas de trabalho abre muitos horizontes para quem participa. Fico muito feliz em contribuir com isso. É um projeto muito rico e significativo”, reconheceu. 

 

As integrantes do projeto Ler é Legal participaram das atividades de incentivo à leitura

 

A OFICINA

Na sequência, foi realizada a Oficina de Escrita Criativa, com uma atividade prática de experimentação e expressão artística. A oficina promove encontros entre colaboradoras(es) do TJCE para a produção de poemas, crônicas e contos inspirados em temas e modelos apresentados.  

Ao todo, três coletâneas já foram publicadas pela Editora do TJCE, fruto do trabalho desenvolvido neste projeto: “Seu, Sempre Seu; Sua, Sempre Sua & Outros Textos” (2022), “O Sol que Nasce em Mim & Outros Textos” (2023) e “Suavíssima Pena: Vozes Literárias do TJCE” (2024).  

Como última atividade do TJCE na Bienal, nessa terça-feira, a oficina foi conduzida por Renata Sales, analista judiciária, que incentivou a participação feminina. “O Clube de Leitura Amélia Beviláqua é uma chave para abrir uma porta para infinitas possibilidades. Estar na Bienal é muito importante porque esta edição tem como tema ‘Das Fogueiras ao Fogo das Palavras: mulheres, resistência e literatura’. É um evento dedicado à força feminina. Muitas mulheres que nos antecederam não tiveram a oportunidade de escrever e publicar”, concluiu

A atividade teve como foco o desenvolvimento um novo final para o conto “Mulher Ramada”, da escritora Marina Colasanti. Ao final da oficina, foram sorteados livros entre os participantes como forma de incentivar o hábito da leitura e o engajamento com os temas abordados. 

Uma das visitantes da Bienal e participante da oficina foi Lao Weersma, editora de periódicos científicos. Ela parabenizou as iniciativas realizadas pelo Judiciário cearense. “Como apreciadora de livros e participante da Bienal, eu gostaria de parabenizar a iniciativa do TJCE em abrir sua oficina de escrita criativa. Uma oficina de muita qualidade para as pessoas. É interessante este projeto estar disponível para os servidores, mas não somente aqueles que possuem alguma ligação com escrita ou leitura, mas servidores de todas as áreas. Parabéns”, finalizou.  

 

Na Oficina de Escrita Criativa, as participantes produziram um novo final para o conto “Mulher Ramada”, da escritora Marina Colasanti

 

PARTICIPAÇÃO DO TJCE NA BIENAL

A programação do TJCE na Bienal segue ainda na próxima sexta-feira (11/04) com nova atividade voltada à leitura e à produção literária. Na oportunidade será realizada a apresentação do “Clube de Leitura Esperança Garcia”, às 18 horas. 

 

 

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