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TRE-CE instala comissão para votação paralela

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10.09.2010 Política
Com o objetivo de demonstrar a confiabilidade das urnas eletrônicas, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) realizou, na manhã de ontem, a cerimônia de instalação da ?comissão de votação paralela?.
Para o juiz auxiliar da presidência do TRE-CE, Antônio Carlos Klein, que preside a comissão, ?a votação paralela funciona como uma espécie e antidoping da urna eletrônica?, servindo ?para provar que não há fraude ao voto?.
Klein garante que as urnas eletrônicas ?são 100% seguras? e que ?todos os testes? nesse sentido já foram feitos. O magistrado também afasta a possibilidade de ataques virtuais, já que nem as urnas, nem o setor de informática do TRE-CE têm qualquer comunicação com a Internet durante todo o processo. ?Então, fica um sistema fechado?, diz.
A votação paralela acontece assim: Na véspera do primeiro turno, no dia 2 de outubro, quando todas as urnas eletrônicas já estiverem nos locais de votação, o TRE-CE irá sortear, aleatoriamente, três delas, de todo o Estado, sendo duas do Interior e uma da Capital. Essas urnas serão levadas ao TRE-CE, onde serão submetidas a testes de segurança, no mesmo dia e horário da apuração oficial, com a presença de representantes dos partidos e de fiscais. Segundo Klein, ?tudo será transparente, com procedimentos gravados?.
Sem medo de fraude
Para a cerimônia de ontem, apenas o PPS e o Psol mandaram representantes. Para Klein, a ausência dos demais apenas mostra que as siglas já não têm medo de fraudes eletrônicas. Também participaram da cerimônia entidades de classe e instituições de ensino, entre outros representanres.
A votação paralela é regulada pela resolução n° 23.215 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determina que todos os Estados da federação devem fazê-la. Esta votação é realizada desde a primeira eleição com o uso de urnas eletrônicas, em 1996. (Bruno Cabral, especial para O POVO)