A 1ª Vara Criminal do Fórum Clóvis Beviláqua realizou, nessa sexta-feira (19/09), a segunda audiência de instrução do processo que investiga a morte do delegado da Polícia Civil do Piauí, Lucas Craveiro Alves, em março deste ano. Ele foi vítima de latrocínio quando saía de uma lanchonete na avenida Washington Soares, em Fortaleza.

Na sessão, presidida pelo juiz titular da unidade, Sílvio Pinto Falcão Filho, foram ouvidas seis testemunhas indicadas pela acusação, representada pela promotora de Justiça Maria Deolinda Noronha da Costa e pelos assistentes de acusação Leandro Vasques e Holanda Segundo.

A próxima audiência foi agendada para o dia 13 de outubro, às 14 horas. Na ocasião, será ouvida mais uma testemunha de acusação, que não compareceu à última sessão e deverá ser conduzida coercitivamente.

Também devem prestar depoimento as cinco testemunhas de defesa, designadas pela defensora pública Karla Maia Braga Cunha e pelos advogados João Francisco Farias da Costa e Maria Edna Ferreira dos Santos.

A fase seguinte será o interrogatório dos seis réus do processo. Lindoval Vicente da Silva Júnior, Francisco Renato Marques Silva, Francisco Rodrigo Marques Silva, Francisco Antônio Vieira, Pedro Paulo Alves dos Santos e Jardel de Souza Façanha respondem por associação para o crime, roubo seguido de morte (latrocínio), roubo duplamente qualificado (com emprego de arma e em concurso de pessoas) e porte ilegal de arma de fogo. Todos estão presos preventivamente.

O CRIME
Conforme a denúncia do Ministério Público, no dia 17 de março de 2014, por volta das 3h30 da madrugada, Lucas Craveiro saía de lanchonete localizada na avenida Washington Soares, em Fortaleza, quando um veículo modelo Fox se aproximou e encostou.

Um dos acusados, Lindoval Vicente da Silva Júnior, desceu do automóvel com arma em punho e anunciou o assalto. Ainda segundo a acusação, Lucas Craveiro tentou correr, mas foi atingido por disparos e faleceu no local. Ele também estava armado e atirou contra o assaltante, que chegou a ser ferido mas conseguiu fugir.

Logo após o ocorrido, a Polícia Civil iniciou perseguição aos autores do crime e conseguiu localizar Lindoval Vicente no Hospital de Maracanaú, onde recebeu os primeiros socorros. O acusado confessou a participação e identificou os comparsas.

Francisco Renato, Francisco Rodrigo, Francisco Antônio e Pedro Paulo foram identificados como os demais réus que estavam no veículo Fox, juntamente com Lindoval, no momento do latrocínio. Já Jardel de Souza também foi apontado como integrante do grupo, com a função de ajudar a planejar as ações criminosas.
Além disso, Lindoval, Francisco Renato, Francisco Rodrigo e Jardel são acusados de, na mesma madrugada, terem participado do roubo do carro usado no crime.