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Réus vão a júri popular por assassinato de radialista em Limoeiro do Norte

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Está agendado para o próximo dia 26 de maio, na 1ª Vara do Júri, do Fórum Clóvis Beviláqua, o julgamento de mais dois acusados do assassinato do radialista Nicanor Linhares Batista, em junho de 2003, na cidade de Limoeiro do Norte. Desta vez, Cássio Santana de Souza e Francisco Edésio de Almeida serão levados a júri popular, que terá início às 13 horas.
Anteriormente, dois réus já haviam sido condenados pelo homicídio do radialista: Lindenor de Jesus Moura Júnior, que cumprirá pena de 26 anos de reclusão, e Francisco José de Oliveira Maia, condenado a oito anos de prisão. Este último recorreu da sentença ao Tribunal de Justiça.
O crime aconteceu no dia 30 de junho de 2003, em Limoeiro do Norte, região Jaguaribana. O radialista foi assassinado a tiros, segundo o relato de testemunha, por dois homens encapuzados que invadiram o estúdio da rádio Vale do Jaguaribe, de propriedade de Nicanor.
Segundo a acusação do Ministério Público, estava sendo acusado de autoria material, além dos que serão julgados agora, José Roberto dos Santos, porém o mesmo faleceu durante a instrução processual e foi, portanto, excluído do inquérito. Francisco José de Oliveira Maia, José Vanderley dos Santos e Nilson Osterne Maia estão sob a acusação de co-autoria. Otávio Viana de Lima também faz parte do inquérito por formação de quadrilha. Os dois últimos recorreram da sentença do juiz. José Vanderley ainda não foi submetido a julgamento.
Quanto à autoria intelectual, há indícios, segundo o Ministério Público, de que o crime do radialista foi encomendado pelo desembargador federal José Maria Lucena e sua esposa, Arivan Lucena, na época, candidata ao cargo de prefeita de Limoeiro do Norte. Existem relatos de que havia forte inimizade entre o casal e a vítima. O inquérito em relação aos acusados de serem mandantes do assassinato do radialista tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ).