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Mantida sentença de Flávio Carneiro

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16.10.2009 Polícia
O Tribunal de Justiça do Estado, através da sua Segunda Câmara Criminal, confirmou a pena de 13 anos de prisão imposta ao empresário Flávio Carneiro, acusado de ter assassinado sua ex-esposa, a também empresária, Ethel Angert Carneiro. O crime ocorreu no dia 15 de outubro de 1992, durante uma ação de despejo numa das lojas do empresário, no Centro.
Desde a época do crime, o empresário se mantém em liberdade, graças ao recurso que impetrou contra a decisão do Júri. Ele foi julgado, em setembro de 2006, e condenado, depois que o Conselho de Sentença reconheceu que Flávio agiu de forma premeditada. Ele disparou vários tiros de pistola na ex-mulher no momento em que ela presenciava um oficial de Justiça cumprir a ordem judicial para o despejo de uma das lojas da rede “Tok Discos”. O casal brigava judicialmente pelos bens, após a separação judicial.
Logo após receber a sentença, o empresário, através de seus advogados, impetrou um recurso de apelação objetivando um novo julgamento pelo Tribunal do Júri. Na sessão que o condenou, os jurados não acataram a tese da defesa de “legítima defesa da honra” e “violenta emoção”. Há 17 anos, o empresário está em liberdade, aguardando decisão da Justiça.
O relator do processo no TJCE, desembargador Raimundo Eymard Ribeiro de Amoreira, votou contra o recurso da defesa. “O aparecimento inesperado do apelante (na cena do crime), promovendo o ataque de forma desleal, surpreendendo a vítima com vários tiros de pistola, levado por um sentimento vil, bem exprime a abjeção a que estava imbuído ao tirar a vida de sua ex-mulher”, afirmou o desembargador.
Depois de cometer o crime, o empresário fugiu e só foi encontrado pela Polícia dois dias depois, sendo autuado em flagrante. Porém, o flagrante foi relaxado na Justiça.