Magistradas e servidoras do TJCE aprimoram habilidades de comunicação em curso de oratória na Esmec
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- 12-06-2025
Com o propósito de aperfeiçoar os métodos para uma boa oratória e reforçar a representatividade e o empoderamento da voz feminina em papéis de liderança, a Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec) realizou, entre os dias 10 e 12 de junho, o curso “Expressão Feminina: a Arte de Falar em Público com Segurança e Impacto”, na sede da Escola.
A iniciativa, conduzida por Olivia Rocha Freitas, doutora e mestre em Estudos da Linguagem, foi destinada a magistradas e servidoras que exercem funções de gestão dentro do Poder Judiciário e procuram desenvolver habilidades para que suas performances em discurso sejam executadas com clareza, autoridade e credibilidade.
“A relação entre as lideranças femininas e o Tribunal vai ficar ainda mais fortalecida em razão das técnicas de oratória trabalhadas, que são fundamentais para que essas mulheres se sintam mais seguras para ocupar grandes cargos, tenham uma boa fala, consigam entreter o interlocutor, e, quando necessário falar em nome da instituição, que isso ocorra da forma mais natural possível”, destacou a formadora do curso.
Durante os três dias de imersão, a programação buscou impulsionar as competências comunicativas por meio de práticas coletivas e de autoconhecimento, visando potencializar a atuação profissional, e explorar a capacidade de também se perceber pelo olhar do outro. Com trocas de experiências e atividades voltadas para a escuta e a reflexão, a capacitação trabalhou no aperfeiçoamento da voz, da expressão corporal e da imagem, de forma a transmitir autoconfiança; técnicas de argumentação e negociação; postura e recursos de estruturação e planejamento de discurso para uma apresentação de impacto.
Segundo a juíza Bruna Rodrigues, homenageada pelo Senado Federal, em março deste ano, com o Diploma Bertha Lutz por sua atuação pela igualdade de gênero e pela efetivação dos direitos femininos, o curso se reflete no fortalecimento institucional e na valorização da presença feminina no Judiciário cearense. “É extremamente relevante e importante a iniciativa de reunir esse grupo de mulheres para aperfeiçoarem a sua expressão corporal e de linguagem, pois se comunicar bem faz parte de um Poder Judiciário forte”, ressaltou a magistrada.
Para além do aprimoramento de novas aptidões, a formação buscou evocar e fortalecer as potencialidades de cada uma das participantes. “Com essas aulas, estou reaprendendo a me posicionar, redescobrindo o valor da minha voz e da minha expressão. Percebo que esse efeito não está acontecendo somente mim, mas também nas colegas. Estou certa de que chegamos de um jeito na terça-feira (10), e agora, ao final, somos outras, conseguindo ocupar espaços de poder com segurança, com nossa presença sendo ouvida”, destacou Débora Pinho Arruda, psicóloga e membra do Comitê Gestor de Equidade de Gênero.
Nara Santos, jornalista da Assessoria de Comunicação, pontuou ainda a variedade de atividades praticadas durante o curso para um bom domínio da voz e do corpo em espaços de exposição. “Durante os três dias pudemos aprender a falar no púlpito, a falar diante de um auditório, em sala de aula. Foram dicas que nos proporcionam ter o melhor rendimento em nossa capacidade de falar e interagir com o público”.
