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Justiça vai até convento para fazer audiências com 14 freiras em idades avançadas

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Um dia atípico na rotina de trabalhos da 1ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. É que, ao invés de as partes se dirigem ao Fórum local para participarem de audiências, foi uma comitiva formada por integrantes do sistema do Justiça que se deslocaram até o convento onde elas residem.
“Fizemos esse esforço conjunto e fomos ao Convento das Irmãs Cordimarianas para fazer audiências com 14 freiras, em idades avançadas e sem condições de se deslocarem às dependências do Fórum”, disse o titular da 1ª Vara, juiz Henrique Jorge dos Santos Falcão.
O magistrado esteve acompanhado das servidoras Maria Sofia Quirino da Cunha Farias e Alana Frota Portela, além do promotor de Justiça Antonio Monteiro Maia Júnior e o defensor público Adson Wariss Maia. A visitou ocorreu no dia 22 de novembro e fez parte de um procedimento referente à ação de curatela envolvendo as freiras.

O juiz ressaltou ainda que “a ação in loco [no próprio local] proporcionou aproximação entre a sociedade e Judiciário para uma maior efetividade da prestação jurisdicional, possibilitando aos integrantes do sistema de Justiça presenciar a vivência das irmãs religiosas e analisar as medidas judiciais adequadas a cada caso concreto”.
O QUE É CURATELA
É um mecanismo de proteção para maiores de idade que não têm condições de conduzir a própria vida. Podem ser curatelados pessoas que não podem exprimir sua vontade, por causa transitória ou permanente; os acometidos por doenças graves (como Alzheimer); quem está em coma; algumas pessoas com deficiências mentais, entre outros exemplos.