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Juizado Móvel: atendimento com segurança

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Mesmo durante a pandemia, o Juizado Móvel de Fortaleza permanece prestando serviço à população por meio do sistema de TeleTrabalho. Para a conciliadora Lucíola Gomes, o novo modelo funciona de forma efetiva e contínua. Leia nesta segunda-feira (22/06) em mais uma reportagem da série #MEUTRABALHOEMCASA

Há 23 anos, o Juizado Móvel de Fortaleza presta atendimento à população em casos de acidentes de trânsito sem lesões de natureza grave ou vítima fatal. Desde que foi decretado o isolamento social, como forma de conter a propagação da Covid-19, a Unidade não deixou de atender os usuários que precisam do serviço.

Quando escalada, Lucíola Gomes fica à disposição do atendimento. “As partes enviam para o celular da Unidade as fotos e informações sobre o sinistro. Em contato com elas, realiza-se a tentativa de conciliação e, havendo o acordo, elaboro o formulário de orientação, bem como redijo o termo, depois faço o cadastro no sistema do PJe e formaliza-se o processo”, explica. A servidora informa que a maioria das ocorrências resulta em acordos.

Ela compara o trabalho realizado antes e depois do home office. “Em situação presencial, entramos às 6h30 da manhã e saímos no mesmo horário no dia seguinte. Trabalhando em casa, o atendimento ocorre do mesmo jeito, a qualquer hora do dia e da noite”, destaca Lucíola, ao lembrar que no Dia das Mães fez atendimento 1h da madrugada.

Contudo, ela tem observado um fato recorrente: “Percebo que, com o TeleTrabalho, muitas vezes as partes têm dificuldades em enviar, na hora do sinistro, a documentação por conta de internet e manuseio com os aplicativos do celular. Isso mostra que o serviço oferecido pelo Juizado Móvel, de forma presencial, é muito importante para a população fortalezense.”

Em relação à família, afirma que a adaptação foi fácil. “Meu marido também é servidor, então soubemos conciliar as tarefas de casa e do trabalho. Independentemente da situação, se o telefone toca eu atendo”.

A conciliadora revela a satisfação de atuar no Juizado. “Somos uma atividade muito importante. Sei que o desafio diário de realizar conciliações muitas vezes com as partes abaladas física e emocionalmente por conta dos sinistros exige muita dedicação e treinamento. No entanto, temos uma equipe comprometida e sempre tivemos um retorno muito positivo da população. Tal reconhecimento da sociedade, deixa uma sensação de dever cumprido a cada conciliação, somando-se a isso o fato de que o grande volume de conciliações realizadas diminui a sobrecarga de processos na Justiça estadual”.