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Juíza defende método transdisciplinar

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A juíza Germana Moraes, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, defendeu formação transdisciplinar envolvendo a ciência, a arte, a filosofia e a mística para os magistrados. A idéia é resgatar a unidade do conhecimento e aplicá-lo de modo integral em casos concretos. ?É necessário reconhecer a insuficiência do cientificismo e abraçar outros caminhos, como a arte e a mística se quisermos apresentar respostas para os problemas que encontramos no Direito?, justificou. A juíza proferiu palestra sobre Formação de Magistrados na última sexta-feira (03/04) na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec).
De acordo com ela, os pilares da transdisciplinariedade são quatro: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. A juíza cita como exemplo o artigo 6º da Resolução n° 01 da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM), que trata do conteúdo programático mínimo para a formação dos juízes: elaboração de decisões, sentenças e realização de audiências (aprender a fazer); relações interpessoais e interinstitucionais (aprender a conviver); deontologia do magistrado (aprender a conhecer); ética (aprender a ser); difusão da cultura de conciliação como busca da paz social, técnicas de conciliação e psicologia judiciária (aprender a fazer e ser).
Destacou, ainda, o conteúdo programático da Resolução n° 02 da ENFAM, em especial, o artigo 8º que julga de grande relevância para a formação dos juízes as situações práticas da atividade judicante; a filosofia do Direito; a sociologia jurídica; a psicologia judiciária e a administração judiciária e gestão de pessoas.
Participaram do evento o desembargador Raimundo Eymard Ribeiro Amoreira, diretor da Esmec; o presidente da Associação Cearense de Magistrados (ACM), desembargador Ademar Mendes Bezerra; a coordenadora Geral da Esmec, juíza Sérgia Miranda, além de magistrados da capital e das comarcas do interior do Estado.