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Fábrica Escola realiza segundo casamento civil coletivo de reeducandos

Fábrica Escola realiza segundo casamento civil coletivo de reeducandos

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Foi com alegria que o reeducando Willame Barbosa participou do 2º Casamento Civil Coletivo realizado pelo projeto Fábrica Escola nessa sexta-feira (08/04). Na ocasião, ele e Sandra Gomes oficializaram a união.
“Eu tive essa oportunidade de conhecer ela e estou muito feliz que decidi tomar ela como minha esposa”, afirmou o noivo. “Foi um momento muito especial. Eu nunca quis casar, é meu primeiro casamento e espero que seja o único e que dure. Willame acolheu todos os meus filhos e eles se dão bem”, disse Sandra.
Além deles, dois outros casais participaram do evento. O casamento coletivo aconteceu na sede da Fábrica Escola, localizada no Centro de Fortaleza. O evento fez parte das atividades desenvolvidas para comemorar os três anos de funcionamento do programa, que teve início na última quarta-feira (06/04).
A cerimônia foi realizada em parceria com Cartório Alencar Furtado (1º Ofício de Pacatuba). Para o juiz de paz, Francisco Alves, a realização do casamento na sede do projeto tem um significado especial, pois, dentro do projeto, os reeducandos recebem os ensinamentos necessários para saírem como novas pessoas.
De acordo com Vicente Pereira, diretor executivo da Fábrica Escola, a iniciativa dá total assistência ao reeducando e à família. “Se encontramos um casal que vive junto há alguns anos, que não tem o registro para o filho, não tem as bençãos de um pastor ou de um padre, nós fazemos esse casamento aqui. Fazemos um trabalho de acolhimento, de conscientização e de significação do casamento, do que é uma união e hoje nós temos a graça de realizar esses matrimônios aqui”.
Ao longo dos três anos, o Fábrica Escola já beneficiou 164 pessoas. A iniciativa se dedica a ressocializar e reintegrar à sociedade detentos dos regimes semiaberto e aberto, egressos do sistema prisional do Estado e seus familiares com humanismo, disciplina e trabalho. Os juízes Luciana Teixeira e Cézar Belmino, titulares da 2ª e 3ª Varas de Execução Penal de Fortaleza, respectivamente, são os idealizadores do projeto.