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Delegada ouve depoimentos

Ouvir: Delegada ouve depoimentos

09.02.2011 última hora
Caso Daniel é investigado pela Dececa; garoto enterrado em Itatira pode estar vivo em São Paulo
Itatira. A novela envolvendo o caso de Francisco Daniel Alves Prado enterrado há 12 anos no Cemitério Municipal de Lagoa do Mato, no Município de Itatira no Sertão Central, e que poderia estar vivo em São Paulo, ganhou mais um capítulo ontem. Depois do caso ser levado ao Delegado Regional de Polícia Civil com sede em Canindé, Dr. Dionisio Amaral da Paz, os pais do garoto Francisco Evaldo Silva Prado e Maria Laura Alves Prado comunicaram o fato a Delegacia de Combate a Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) que está a frente das investigações.
Ontem, a titular da Dececa, Ivana Timbó começou a ouvir os depoimentos sobre o “caso Daniel”, como ficou conhecido no Brasil inteiro. Por volta das 13h ela esteve na cidade para colocar no papel o depoimento da proprietária do Cartório do Distrito Antônia Genir Pinto Lobo de Menezes sobre o pedido de envio da Certidão de Nascimento do menino para uma senhora residente em Araçoiaba da Serra na capital paulista a 2.300 quilômetros de Itatira identificada como sendo Ellen Cristina que trabalha como manicure naquela cidade.
A Reportagem do Diário do Nordeste descobriu que ela reside na rua Vereardo Jair Ferreira nº 75, – CEP – 18.190.000, mas o seu celular estava desligado ou fora de área.
O último contato mantido por telefone com Ellen Cristina foi no dia 1º de fevereiro, quando ela disse que conheceu Ivan Prado em uma casa de show em São Paulo, onde ele havia pedido para lhe fazer um favor, arranjar um documento no Cartório de Lagoa do Mato para matricular o garoto em uma escola de deficientes.
Depois de ouvir Antônia Genir, a Delegada disse apenas que o processo corre em segredo de justiça e que não iria adiantar o conteúdo do depoimento. Limitou-se apenas a dizer que estar empenhada em esclarecer toda essa confusão.
A dona do Cartório onde Daniel foi registrado Antônio Genir também não falou a imprensa. Genir desconversa quando é questionada sobre a documentação impressa em seu estabelecimento, onde o tio de Francisco Daniel, Antônio Vandery Alves Amorim mostra duas certidões. A primeira com o número 1046, sendo a primeira via e a segunda com o número 948. O quem chama à atenção dos policiais é a coincidência nas informações de Ellen Cristina ao cartório. O nome do garoto, dos pais e a data de nascimento dia 29 de março de 1995 batem com a 1ª via da certidão de nascimento que está nas mãos da família. Na cidade de Itatira a população se divide sobre o assunto.
ANTÔNIO CARLOS ALVES
ESPECIAL PARA O REGIONAL