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Coluna Lustosa da Costa

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Política 15.05.2010
Encontro esperado
Afinal deu certo, aqui, em Brasília, almoço, há muito desejado, com Luiz Gerardo de Pontes Brígido, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, filho de jornalista, descendente do maior deles, João Brígido. Ele me apareceu escoteiro, somente com alguns livros meus à mão, que queria comentar, de mangas de camisa, enquanto eu estava de paletó, todo engravatado, para usufruir da companhia da autoridade. Ele me instou a deixar o casaco em casa e eu o fiz, largando, dentro dele, o talão de cheques
Lembranças
Não fomos discutir problemas jurídicos nem eleitorais. Nada. O papo rolou agradável, do começo ao fim. Só preciso reencontrá-lo para saber o fim da história daquele baloneiro (o Brasil, segundo ele, usou balões na guerra do Paraguai) que veio se exibir, depois do conflito, em Fortaleza, e, aqui, antes de galgar os céus e se estatelar sobre os telhados da rua Teresa Cristina, ouviu recado de uma velhinha para Deus de que agora não me lembro e muito me divertiu. Falávamos do Conde D´Eu e eu indaguei se ele sabia do cardápio dos banquetes que a elite sobralense lhe ofereceu em junho de 1889, pouco antes da queda da monarquia. Luiz prometeu cascavilhar a papelada de seu ancestral, João Brígido, para satisfazer minha curiosidade. Ele lembrou que tinha de sete para oito anos quando eu e Luciano Diógenes fomos visitar seu pai, de quem herdou o nome e era secretário do jornal “Unitário”. E aí foi um desfilar de personagens do jornalismo daquele tempo desde o Bichão, alcunha do sobralense Felizardo Mont´Alverne, até o Albuquerque, funcionário do IBGE e pai do Sérgio Sá, o deficiente visual que, além de compor excelentes músicas, é arranjador musical de Roberto Carlos.