Conteúdo da Notícia

5ª Vara do Júri ouve testemunha e acusados de participação em suposto grupo de extermínio

Ouvir: 5ª Vara do Júri ouve testemunha e acusados de participação em suposto grupo de extermínio

21.09.10
O juiz Raimundo Deusdeth Rodrigues Júnior, que está respondendo pela 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, deve encerrar amanhã, 4a.feira (22/09), às 14h:00, a fase de oitiva das testemunhas do processo que investiga o assassinato de Francisco Tomé Filho, vítima da ação de suposto grupo de extermínio.
Na audiência, será tomado o depoimento de uma testemunha indicada pela defesa dos acusados. Todas as demais testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa já foram ouvidas.
Nesta 4a.feira, terá início também o interrogatório de cinco dos seis réus do processo: Pedro Cláudio Duarte Pena, o ?Cabo Pena?, Firmino Teles de Menezes, Sílvio Pereira do Vale Silva, o ?Pé de Pato?, Rogério do Carmo Abreu e Paulo César Lima de Sousa. O sexto acusado, Claudenor Ribeiro, está foragido.
Eles são acusados de integrar um suposto grupo de extermínio que seria responsável pela morte de Francisco Tomé Filho e de outras três pessoas (Gilberto Soares Duarte, Carlos dos Santos Marques e Miguel Luiz Neto), ligadas à Madeireira São Francisco, localizada na avenida Osório de Paiva, no bairro Siqueira, em Fortaleza.
A audiência do processo que investiga a morte de Gilberto Soares Duarte, também em tramitação na 5ª Vara do Júri, está agendada para o dia 13 de outubro. Os crimes O assassinato de Francisco Tomé Filho ocorreu na noite do dia 10 de dezembro de 2004, na avenida Lineu Machado, bairro João XXIII, em Fortaleza. Na ocasião, dois homens em uma moto se aproximaram do carro da vítima e efetuaram vários disparos. Em seguida, a dupla fugiu.
Quase dois anos depois, em 25 de agosto de 2006, Gilberto Soares Duarte foi morto na avenida Carneiro de Mendonça, no bairro Jóquei Clube. O crime ocorreu nas mesmas condições que vitimaram Francisco Tomé Filho.
Segundo denúncia do Ministério Público, as mortes foram motivadas por uma disputa judicial envolvendo Firmino Teles e Reinaldo Marinho, proprietário da Madeireira São Francisco, por conta de uma sociedade desfeita. De acordo com o relato da acusação, a partir da discórdia gerada ocorreram os quatro assassinatos.
As outras duas vítimas, Carlos dos Santos Marques e Miguel Luiz Neto, também eram ligadas a Reinaldo Marinho. O primeiro era fornecedor de madeira para o estabelecimento e o segundo era genro do empresário. A relação entre os crimes ficou comprovada com a elaboração do laudo de confronto microbalístico, segundo o qual os projéteis desferidos saíram do cano da mesma arma.
Por meio de laudo pericial e da análise de conversas telefônicas, interceptadas com autorização judicial, o Ministério Público identificou também a função de cada integrante da quadrilha: Firmino Teles seria o mandante; Sílvio Pereira e Rogério do Carmo os responsáveis pela execução; Pedro Cláudio, o ?Cabo Pena?, o articulador e arquiteto dos crimes, enquanto Paulo César teria o domínio das ações do grupo e Claudenor Ribeiro ficaria responsável por guardar e municiar as armas usadas pelo bando nos assassinatos. Com exceção desde último, que está foragido, todos os demais acusados estão presos.
Fonte: TJ/Ceará