Esmec reforça a representatividade da voz feminina com curso de oratória para mulheres do Judiciário
Em um mundo onde a voz feminina está cada vez mais fortalecida, mas ainda precisa lutar para conquistar espaços sociais e institucionais que lhe são de direito, iniciativas como o curso “Expressão Feminina: a arte de falar em público com segurança e impacto”, promovido pela Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec), em parceria com o Comitê Gestor de Equidade de Gênero do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), reforçam o compromisso do Poder Judiciário para com a ampliação da representatividade, da equidade e do empoderamento da mulher em seus espaços.
A iniciativa, que ocorre entre os dias 10 e 12 de junho, em modalidade presencial, na sede da Esmec, é destinada a magistradas e servidoras que exercem funções de gestão dentro do Poder Judiciário. Conduzida por Olivia Rocha Freitas, Doutora e Mestre em Estudos da Linguagem, a capacitação objetiva impulsionar as competências comunicativas com o aprimoramento da oratória, visando potencializar a atuação profissional e fomentar a liderança feminina por meio do domínio da fala e da expressão corporal com clareza, credibilidade e confiança.
Segundo Olivia, a ascensão de mulheres em cargos de grande relevância torna necessário que essas profissionais estejam habilitadas e disponham de instrumentos para ter um bom discurso. “Esse curso é fundamental para que mulheres consigam, de forma segura e da melhor maneira possível, tomar conta dos espaços que, no judiciário, são de maioria masculina. É louvável a iniciativa do Tribunal por entender que a mulheres estejam ocupando esses papéis e tenham conhecimento para desenvolver suas habilidades“, pontuou.
Com uma carga horária de 24 horas-aula, o curso discute e desenvolve competências como o poder da voz, ao trabalhar a dicção e o ritmo de fala; a autoconfiança; a gesticulação; além da postura, do aperfeiçoamento da imagem e das técnicas para o discurso improvisado.
No primeiro dia de curso, a programação foi marcada por atividades que buscaram explorar o autoconhecimento e a capacidade de também se perceber pelo olhar do outro. Com trocas de experiências e práticas coletivas, as participantes exercitaram a escuta e a reflexão de seus pontos fortes e fracos como oradora a partir de perspectivas externas, com o propósito de se familiarizarem com ambientes de exposição.
Participante da capacitação, a Diretora do Fórum Clóvis Beviláqua, juíza Solange Menezes Holanda, pontuou a positiva receptividade do curso pelas mulheres do Judiciário e as expectativas para os próximos dias da programação. “É muito necessário. Há tempo ansiávamos por uma formação dessa, pois somos muitas. Acredito que durante esses dias vamos colher muitas coisas importantes para aquilo que a gente tenta construir há muito tempo: fortalecer as mulheres e conseguir representar bem umas às outras nos espaços que ocuparmos”, destacou a magistrada.
Ana Cristina Esmeraldo, membra do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, também ressalta o curso como uma inovação dentro do Judiciário e uma oportunidade de empoderamento. “Acabamos por fazer muitos cursos pra se especializar em áreas jurídicas e outras áreas do conhecimento, mas quando a gente fala em reforçar as nossas habilidades, acentuar as nossas potencialidades, é de extrema importância que a gente aprenda, cada vez mais, a utilizar o que nós fazemos, que é o exercício do conhecimento e a busca por excelência, também na parte da comunicação.”
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