Quando a escuta se transforma em acolhimento e a partilha em coragem, nasce um novo tempo. Foi com esse espírito que teve início, nesta terça-feira (05/08), a programação do Agosto Lilás na Comarca de Tauá, no Interior do Ceará. A abertura oficial foi marcada pela realização da primeira roda de conversa do Grupo Aurora, voltado para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

O encontro aconteceu com a presença da juíza Maria Anita Araruna Corrêia Dias, titular da 2ª Vara Criminal de Tauá, e reuniu servidoras e servidores da unidade judiciária, representantes da Secretaria das Mulheres do Município e integrantes da Rede de Proteção à Mulher na região. Durante a roda, relatos emocionantes trouxeram à tona vivências, dores e também resistências. Mulheres que, ao compartilharem suas trajetórias, fortaleceram outras a também romperem o silêncio.

“A roda de conversa Aurora é um espaço de acolhimento, escuta e fortalecimento. Quando uma mulher compreende que não está sozinha e que existe uma rede de apoio à disposição, ela se sente mais segura para romper o ciclo da violência. Além disso, vamos realizar um mutirão de julgamentos, reforçando o nosso compromisso com a celeridade e com a efetividade da Justiça para as vítimas”, afirmou a magistrada.

Mais do que um ato simbólico, o Grupo Aurora representa um novo capítulo na atuação da Justiça cearense no combate à violência contra a mulher. Criado como parte das ações do Agosto Lilás – campanha nacional de conscientização pelo fim da violência doméstica – o projeto funcionará como uma roda de conversa mensal, oferecendo escuta qualificada, apoio institucional e orientação para mulheres em situação de vulnerabilidade.

 

 

Além da roda de conversa, a programação da Comarca de Tauá ao longo do mês inclui mutirões de julgamento de processos relacionados à violência doméstica, bem como reuniões com a rede local de proteção para fins de capacitação, alinhamento de fluxos e fortalecimento do trabalho em rede.

A escuta atenta, o compromisso com a celeridade processual e a articulação com demais instituições e políticas públicas são pilares da atuação da 2ª Vara Criminal de Tauá. A partir de agora, com o Grupo Aurora, o Judiciário se faz ainda mais próximo das vítimas, oferecendo não apenas Justiça, mas também reconstrução.

Porque quando uma mulher é ouvida, respeitada e apoiada, um novo ciclo começa. E essa aurora – de nome e de essência – anuncia que romper o silêncio é possível. E que nunca se está sozinha.