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Juízes discutem a importância da metodologia de ensino da Enfam na formação de magistrados

Juízes discutem a importância da metodologia de ensino da Enfam na formação de magistrados

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Metodologias ativas são procedimentos pedagógicos que colocam o aluno como principal agente de sua aprendizagem, a partir do estímulo ao pensamento crítico e reflexivo. Isso é o que a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) vem desenvolvendo e repassando para as escolas judiciais estaduais, nos cursos de formação inicial e continuada.
É o caso do curso de Formação de Formadores (Fofo), iniciado nessa segunda-feira (29/04) na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), destinado a 52 professores da Instituição (magistrados, servidores e docentes externos).
Vários participantes da capacitação atuam como docentes no Curso de Formação Inicial de Magistrados, cuja próxima edição está prevista para iniciar em agosto deste ano, com os 50 candidatos que forem aprovados no concurso de juiz substituto do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

Leia a seguir depoimentos de alguns juízes formadores sobre a relevância dos métodos ativos de aprendizagem, desenvolvidos pela Enfam, para os ingressantes na magistratura.
“A formação de formadores propicia que o juiz, mesmo já experiente em sala de aula, possa se reciclar e aproximar os conteúdos da prática com a qual os novos colegas vão lidar. O Tribunal está concluindo um concurso e a Esmec, antecipando as coisas como sempre faz, já está preparando os novos formadores e olhando as diretrizes da Enfam, para permitir que o curso de Formação Inicial não seja só levar aos colegas os conhecimentos técnicos – uma vez que estes eles presumivelmente têm, pois vêm de um concurso muito disputado –, mas mostrar que assumir a magistratura e começar a trabalhar é muito mais que isso: é lidar com novas realidades e saber dar um sentido prático àquilo que aprendeu teoricamente. Portanto, é gratificante ter a possibilidade de trabalhar com metodologias ativas e compartilhar com eles adequadamente as vivências que nos já tivemos, tanto em nossa história profissional como acadêmica.” (Emílio de Medeiros Viana – ex-coordenador geral da Esmec e secretário do concurso para juiz do TJCE)
“A metodologia é muito importante porque ela está preocupada com o futuro. Seus princípios estão calcados na ética e humanização. Cada dia surgem problemas e desafios novos para o magistrado, então a Enfam busca preparar o juiz para que possa ter conhecimento sistêmico de todas as áreas, consiga resolver com rapidez e segurança os problemas que possam surgir. Nessas capacitações o juiz está também sendo reciclado e recebendo constantemente da Enfam apoio, orientação e conhecimento, além de desenvolver sua capacidade crítica e de observação.” (Maria das Graças Almeida de Quental – juíza convocada do Pleno do TJCE)
“Normalmente, quando somos convidados para fazer parte da formação dos novos juízes, costumamos vir com conteúdo e experiência da prática judicante, mas não temos conhecimento das metodologias, principalmente as mais ativas, que são aquelas que a Enfam preconiza, que exigem a participação do aluno, num aprendizado circular, em que o professor ensina o aluno e também aprende, numa troca de experiências. Todas as metodologias partem da participação do aluno, e isso faz com que ele se motive, tenha interesse e leve essa experiencia que está sendo vivida para o trabalho.(Joriza Magalhães Pinheiro – juíza auxiliar da Vice-Presidência do TJCE e ex-diretora da Escola Judicial Eleitoral)
“O Fofo é um curso muito importante para todos nós, pois como formadores, necessitamos nos aprimorar quanto aos três tipos de saberes: saber, saber ser e saber fazer. Esse conhecimento nos dará mais segurança e convicção no momento em que formos passar aos novos juízes, que também são protagonistas do aprendizado, os conhecimentos necessários para o exercício da magistratura.” (Cézar Belmino Evangelista – juiz Corregedor de Presídios de Fortaleza)