As Varas de Execução Penal da Comarca de Fortaleza apresentaram, nesta sexta-feira (22/11), o projeto “Arthur Bispo do Rosário – um olhar além do consciente” para servidores, promotores de Justiça, defensores públicos e advogados que atuam nas referidas unidades. O evento ocorreu no auditório da Coorperjuris, no Fórum Clóvis Beviláqua.

A iniciativa visa acompanhar o cumprimento das medidas de segurança no Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes, além de contribuir para a reinserção familiar e social dos internos, por meio de acompanhamento psicológico, formação artística e qualificação para o trabalho.

Idealizado pelos juízes Luciana Teixeira de Souza e Cézar Belmino Barbosa Evangelista, titulares da 2ª e 3ª Varas da Execução Penal, respectivamente, o projeto foi apresentado pela analista judiciária e psicopedagoga da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), Fátima Neves.

A analista destacou que o projeto pretende também envolver os diversos segmentos sociais no debate sobre as medidas de segurança, além de auxiliar as famílias a lidarem com os internos. “Os portadores de transtornos mentais ainda são estigmatizados pela sociedade e, muitas vezes, pelos próprios parentes. Isso acontece, principalmente, porque há um grande desconhecimento das potencialidades dessas pessoas, pois elas podem, mesmo dentro de suas limitações, crescer, aprender e produzir”.

A diretora do Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes, Fátima Barroso, também participou do evento. Ela relatou o cotidiano da unidade e destacou que o projeto vai contribuir para mudar a forma como a Justiça e a sociedade veem os portadores de transtornos mentais. “A iniciativa vem para ajudar o Instituto a fortalecer ainda mais o desejo de recuperar e ressocializar o infrator portador de psicopatologia”.

VISITA

Na próxima quarta-feira (27/11), às 8h30, juízes, servidores e operadores do Direito que atuam nas Varas de Execução Penal farão visita ao Instituto Stênio Gomes para lançar o projeto e conhecer de perto a situação dos internos e dos profissionais que trabalham na unidade.

O projeto conta com o apoio do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Secretaria de Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus) e Comissão de Direito Penitenciário da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE).