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População reclama da falta de segurança

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22.01.2010 Cidade
Além disso, usuários do equipamento turístico e demais frequentadores se queixam que não há vagas para estacionar
Domingo, 17 de janeiro, às 20h 15, o economiário Marcos Alencar Lima, 52, chega ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura acompanhado da esposa e da filha, de 25 anos. Mas o que deveria ser um tranquilo passeio em família, transformou-se num pesadelo.
Ao estacionar na Rua Pessoa Anta, acerca de cinco metros da praça do centro cultural, dois homens, que supostamente seriam flanelinhas, abordaram a família e anunciaram o assalto. Um estava armado e o outro, “fez o rapa”, como descreveu Marcos Lima.
Apavoradas com a situação, a esposa e a filha do economiário correram em direção a uma viatura do Ronda do Quarteirão, que se encontrava parada no outro lado da praça. Mas era tarde. Os assaltantes já haviam fugido. Os pertences levados foram um relógio e uma carteira. Porém, como Marcos mesmo disse, poderia ter sido pior.
O cidadão acredita que a situação se agravou desde que a Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) proibiu o estacionamento de veículos no entorno do Dragão do Mar. Dessa forma, aos visitantes do centro cultural só restou a opção de estacionar em locais mais distantes, facilitando a ação de bandidos.
Suely Santiago, 53, concorda com a proibição, desde que a AMC ofereça alternativas de estacionamento. O policiamento na área fica a cargo da 1ª Companhia e da 5ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar. De acordo com o comandante, major Marden Oliveira, da 1ª Companhia, seis homens fazem, diariamente, a cobertura do local.
Segundo o major, além de dois policiais que ficam na própria praça, existe, ainda, uma viatura do Ronda do Quarteirão – com dois policiais – e duas motos-patrulhas presentes nos horários mais críticos.
Nos fins de semana e feriados, assegura o comandante, o Dragão do Mar, ainda, recebe um reforço do Gabinete de Gestão Integrada (GGI). Portanto, estão presentes, também, a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), o Juizado de Menores, a Autarquia Municipal de Trânsito e servidores da Guarda Municipal e da Secretaria Executiva Regional (SER) II.
FISCALIZAÇÃO
Cones são colocados ao redor do Dragão
Cones são colocados, de quinta-feira a domingo, a partir das 16h, em todo o entorno do Dragão do Mar. O objetivo é evitar que carros de lanche e de bebida e veículos particulares estacionem. Mas, apesar da placa indicando a proibição, alguns motoristas arriscam e o resultado é que são multados.
Na tarde de ontem, a reportagem presenciou agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) colocando os cones e multando os veículos estacionados na Rua Almirante Jaceguai. Algumas pessoas, ao perceberem a presença da Autarquia de Trânsito, trataram logo de retirar o carro.
Na opinião da vendedora Zildete Sales, 48, a medida tomada pela AMC é muito ruim, pois trata-se de um ponto turístico e, quando as pessoas chegam, não há como estacionar. Para ela, o certo seria a AMC orientar o trânsito em vez de proibir os carros de estacionar.
“Sou de pleno acordo que não haja esta proibição. Se fosse num outro horário, seria mais conveniente. O fluxo aqui é noturno”, enfatiza. Ela, que tem um estande na feirinha, diz que aos trabalhadores só resta a opção de colocar o carro em um estacionamento pago ou ir a pé.
Para o presidente da AMC, Fernando Bezerra, a medida, que entrou em vigor no dia 2 de outubro do ano passado, tem como principais objetivos melhorar a circulação de veículos na área e evitar a proliferação dos carrinhos de lanche e bebida alcoólica. Ele conta que foi uma operação casada com a Secretaria Executiva Regional II.
Em relação aos cones, o presidente da Autarquia afirma que eles são colocados justamente como forma de inibir que as pessoas estacionem. “Não temos a intenção de multar. O que nós queremos é organizar o trânsito. Inclusive, o número de multas na área é bastante pequeno, exatamente por causa da intensa fiscalização. A situação do Dragão do Mar está muito bem resolvida”, assegura.