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Policiais acusados de tentativas de homicídio contra turistas serão julgados nesta quinta-feira

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A 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza levará a julgamento, nesta quinta-feira (15/12), às 8h, os policiais militares Rinaldo Carmo Sousa e Francisco Edemildo de Lima. Eles são acusados pelas tentativas de homicídio contra os espanhóis Marcelino Ruiz Campelo e Maria del Mar Santiago Almudever, o italiano Innocenzo Brancati e a brasileira Denise Sales Campos Brancati, em 2007.
A sessão será presidida pelo magistrado Henrique Jorge Holanda Silveira, titular da Vara. A acusação terá à frente a promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e o assistente Holanda Segundo. A defesa ficará a cargo do advogado José Campos Accioly Júnior.
Outros dois réus já foram condenados por participação nos crimes. Nessa segunda-feira (12/12), o PM Francisco Emanuel Rodrigues Felipe recebeu pena de três anos e seis meses de reclusão, em regime aberto. Já no dia 23 de novembro deste ano, o policial Luiz Ary da Silva Barbosa Júnior foi condenado a 24 anos de reclusão, em regime fechado.
Nova data ainda será agendada para o julgamento de Antônio Eduardo Martins Maia, também acusado pelas tentativas de assassinato. Os policiais Marcelo Lima Alves e Francisco Eloy da Silva Neto também foram pronunciados, mas recorreram da decisão.
ENTENDA O CASO
Segundo o Ministério Público do Ceará (MP/CE), no dia 26 de setembro de 2007, por volta das 21h, as vítimas trafegavam no sentido Aeroporto-Aldeota, em uma caminhonete, quando foram alvejadas por disparos vindos de viaturas policiais que faziam cerco para capturar acusados de roubar um caixa eletrônico.
Sem fazer abordagem, os policiais efetuaram diversos tiros, dos quais 22 atingiram o automóvel. Innocenzo Brancati, que dirigia o veículo, foi atingido no braço e Marcelino Ruiz Campelo levou um tiro no ombro esquerdo. A bala se instalou na coluna e ele ficou paraplégico.
Ainda de acordo com o MP/CE, os disparos só cessaram quando a vítima Denise Sales Campos Brancati resolveu sair do automóvel para demonstrar que não eram assaltantes.