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Mutirão Carcerário quer apoio de líderes evangélicos para reinserção de ex-detentos

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10.11.2009
A coordenação do Mutirão Carcerário do Ceará se reuniu, na manhã de ontem, 2ª.feira (09/11), com representantes de diversas igrejas evangélicas. O objetivo do encontro, realizado no auditório Desembargador Agenor Studart, no Fórum Clóvis Beviláqua, foi buscar a participação dos religiosos na geração de oportunidades profissionais para egressos do sistema carcerário.
?Muitos membros da igreja são empresários e podem ser conscientizados a abrirem postos de trabalho para ex-presos. Ou estes podem ser absorvidos em trabalhos sociais da própria igreja?, disse o juiz federal Marcelo Lobão, representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Mutirão Carcerário. ?O desafio que estamos lançando é agregar ao trabalho de evangelização, que já é realizado, o trabalho de inclusão produtiva?, afirmou.
O juiz da 2ª Vara de Quixadá, Flávio Luiz Peixoto Marques, destacou que já foram realizadas reuniões também com a Igreja Católica e diversos setores do poder público e da sociedade civil, buscando a formação de uma rede de ressocialização dos ex-detentos. ?Estamos solicitando ao povo evangélico que se una a esse movimento que está se formando, para que o egresso possa ter alguma esperança, não saia com as mãos vazias e não corra o risco de reincidir?, afirmou.
Um dos participantes da reunião foi o pastor Rubens de Sousa, representante da Ordem dos Ministros Evangélicos (Ormece). Para ele, a iniciativa do CNJ e do Poder Judiciário do Ceará poderá potencializar ainda mais o trabalho que as igrejas já vêm realizando. ?É muito importante porque reconhece o trabalho que nós já fazemos de recuperação dos ex-detentos e, com essa parceria, muitas outras portas poderão ser abertas?, disse.
O pastor Armando Bispo, da Igreja Batista Central, também disse estar otimista quanto aos resultados da parceria. ?Acredito que é plenamente possível e viável as igrejas estabelecerem essa parceria e desempenharem um papel importante na reinserção social dessa população?, afirmou.
Fonte: TJ/Ceará