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Julgamento do “Cabo Nonato” está marcado para esta sexta-feira no Fórum Clóvis Beviláqua

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Após ter sido adiado a pedido da defesa, o julgamento do policial militar Raimundo Nonato Soares Pereira, conhecido por “Cabo Nonato” e “Nonatinho”, será realizado nesta sexta-feira (13/11), às 9h30, no Fórum Clóvis Beviláqua. Acusado de participar do assassinato de Altamir Júnior Rodrigues Alves em 2006 e de integrar um grupo de extermínio formado por policiais, ele será julgado pelo 4º Tribunal do Júri.
Consta nos autos do processo que o crime aconteceu em 22 de novembro de 2006 por volta das 7h45 na academia Central Fittness, no Residencial Marcos Freire, bairro Mondubim, em Fortaleza. Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público, o réu, acompanhado em uma moto pelo ex-soldado da Polícia Militar, Ademir Mendes de Paula, o “Fusqueta”, teria matado a vítima a tiros.
As investigações da polícia apuraram que o homicídio foi encomendado pelo assaltante Marcos Paulo de Oliveira Soares, que, na época do crime, cumpria pena no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS). De acordo com conversas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça, o detento teria contratado os dois executores por intermédio de Manoel Jacinto Pimentel de Oliveira, pai dele, e de Josevane Pinheiro de Oliveira, policial militar conhecido como “Evandro”.
A motivação do crime seria, como as ligações telefônicas revelaram, o fato de que o pai do detento estaria prestes a ser assassinado por “Cabo Nonato” a mando da vítima. Josevane Pinheiro de Oliveira, então, teria negociado o valor de R$ 10 mil para que o réu matasse Altamir Júnior Rodrigues Alves em vez de Manoel Jacinto Pimentel de Oliveira.
Raimundo Nonato Soares Pereira, que está preso, responde por homicídio duplamente qualificado, artigo 121, parágrafo 2º, incisos I (mediante promessa de recompensa) e IV (sem dar chance de defesa para a vítima) combinado com o artigo 29 e o artigo 288 (associação de três ou mais pessoas formando quadrilha ou bando) do Código Penal Brasileiro. Além de “Cabo Nonato”, Raimundo Josevane Pinheiro de Oliveira e Manoel Jacinto Pimentel de Oliveira respondem pelos mesmos crimes. Entretanto, o primeiro negou a participação no delito alegando que estava em serviço na ocasião do homicídio e recorreu da decisão, enquanto o segundo é réu revel.
O julgamento de “Cabo Nonato” será presidido pelo juiz José Barreto de Carvalho Filho, titular da 4ª Vara do Júri. A acusação será feita pelo promotor Alcides Jorge Evangelista Ferreira e a defesa, pelo advogado Paulo César Feitosa.