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Juizado da Mulher promove oficina em escola pública sobre combate à violência doméstica

Juizado da Mulher promove oficina em escola pública sobre combate à violência doméstica

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Uma atividade diferenciada chamou a atenção de quem passava no entorno da Escola de Ensino Fundamental e Médio Antônio Sales, no bairro Parquelândia, nessa quinta-feira (24/08). Estudantes grafitaram no muro do colégio mensagens de paz, respeito e valorização da mulher. A ação, promovida pelo Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Fortaleza, fez parte da programação da Semana da Justiça pela Paz em Casa, que se encerra nesta sexta-feira (25/08).
A psicopedagoga Raieliza Lôbo e a psicóloga Inês Reis, ambas do Juizado, estiveram à frente da iniciativa, que tem o objetivo de sensibilizar educadores, estudantes e sociedade sobre a necessidade de encerrar esse tipo de agressão. Segundo Raieliza Lôbo, a oficina “Jovens Unidos pelo Fim da Violência contra a Mulher” existe desde 2010, mas pela primeira vez está utilizando o grafite como manifestação artística dos jovens sobre o tema. “Em outras edições, já estimulamos a confecção de cartazes, desenhos e poesias. Desta vez, estamos inovando com a grafitaria para chegar mais próximo da linguagem do jovem e fazer dele um formador de opinião, que vai multiplicar a semente do combate à violência contra mulher na comunidade”.
A oficina também incluiu palestra sobre Lei Maria da Penha e esclarecimentos acerca dos tipos de violência contra a mulher, medidas protetivas e como denunciar. Participaram do evento 70 estudantes entre 14 e 19 anos. Eles tiraram dúvidas e alguns relataram casos de violência.
“O que precisa mesmo é de informação. Aqui eu tirei muitas dúvidas e queria saber por que a mulher tem tanto medo de procurar a Justiça. Minha mãe sofreu violência doméstica e não denunciou por falta de conhecimento”, disse Kamile Marino, de 14 anos. A adolescente Beatriz Parente guardou com cuidado o panfleto do Juizado da Mulher. “Uma palestra dessa nos ensina muito. A gente pode levar essas informações até os vizinhos ou pessoas que sofreram esse tipo de violência. Porque isso é sério, pode levar à morte”.
A professora Aldeisa Gadelha, diretora da escola, definiu a palestra como esclarecedora. “Muita gente ouve falar em Maria da Penha, mas não sabe realmente o que significa, nem como pode utilizar essa lei. Acho muito importante que todos os alunos e alunas e seus familiares fiquem sabendo do que pode acontecer em caso de violência e como denunciar”.