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Juiz Luiz Bessa Neto solicita reunião para tratar de fuga de detentos da CPPL de Caucaia

Juiz Luiz Bessa Neto solicita reunião para tratar de fuga de detentos da CPPL de Caucaia

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O juiz titular da Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios da Comarca de Fortaleza, Luiz Bessa Neto, se reunirá, nesta quarta-feira (29/09), com os titulares das secretarias de Justiça e Cidadania e de Segurança Pública e Defesa Social, Antônio Luiz Abreu Dantas e Roberto Monteiro, respectivamente, para tratar das recentes fugas ocorridas em unidades carcerárias do Estado.
A reunião foi solicitada pelo magistrado, em caráter de urgência, na tarde desta segunda-feira (27/09), após ter sido noticiada a fuga de nove detentos da Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) de Caucaia, no último final de semana. No ofício, o juiz afirma que o objetivo é “trocarmos ideias e buscarmos soluções para minimizar o problema, evitando-se, dessa maneira, que esses fatos ganhem foro de corriqueiros”.
O encontro, que deverá acontecer no gabinete do secretário de Segurança Pública, teve confirmadas as presenças também do coordenador do Sistema Penitenciário, Bento Laurindo, do superintendente da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, e do comandante geral da Polícia Militar, Coronel William Alves Rocha.
INSPEÇÕES
O juiz Luiz Bessa Neto concluiu, na última quinta-feira (23/09), as inspeções realizadas mensalmente nas 11 unidades prisionais do Estado. O resultado será enviado, até o final desta semana, para o Conselho Nacional de Justiça.
“O resultado das inspeções aponta para deficiências externas, com número insuficiente de policiais militares nas guaritas das unidades, e deficiências internas, com quantidade ínfima de agentes penitenciários”, afirma o magistrado.
No caso da CPPL de Caucaia, o relatório aponta que “a unidade ainda ostenta o cetro de depósito de homens haja vista a negação dos direitos mínimos assegurados pelo artigo 83 da Lei de Execução Penal e afronta as regras mínimas para o homem encarcerado, da Organização das Nações Unidas”.
Entre as providências para o adequado funcionamento da unidade, o magistrado aponta a presença permanente de defensor público; a melhoria da segurança externa, com policiais militares nas oito guaritas, sendo que atualmente apenas quatro estão ocupadas, e a ampliação da segurança interna, formada hoje por oito agentes penitenciários a cada plantão. “O razoável seria de 30 por plantão, assegurando o direito do preso ao banho de sol diário e não uma única vez por semana”, afirma, no relatório.