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Filha realiza sonho de registrar nome do pai na certidão durante campanha do TJCE que incentivou reconhecimento da paternidade

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A campanha “Pai, um presente para a vida toda” chegou ao fim, mas os relatos de histórias marcantes de pais e filhos(as) continuam emocionando os ouvintes. É o caso do vigilante Amilton Sales (58) e sua filha, Dayane Teodosio Monteiro (37), que foram beneficiados pela iniciativa que teve como objetivo agilizar a regularização de registros de nascimento através do reconhecimento voluntário da paternidade.

Após anos acalentando o desejo de oficializar no papel uma realidade de amor paternal já consolidada, eles se dirigiram ao Fórum Clóvis Beviláqua (FCB) e rapidamente conseguiram o que tanto desejavam. “Depois que ela perdeu a mãe e passou a morar comigo, fiquei ainda mais ansioso para colocar o meu nome nos documentos dela, já que todos os meus outros filhos têm”, afirmou o pai ao reconhecer que ficou aliviado pelo apoio de sua família.

Para a filha, todos os passos do procedimento, desde o atendimento até o registro final, foram muito ágeis. “Estou muito feliz e realizada, o meu sonho se concretizou”, emocionou-se Dayane, que encomendou um bolo para festejar o momento especial.

O pai elogiou a campanha e desejou que a ação continue para que outras famílias possam ter uma oportunidade semelhante. “Eu amei. Na minha vida faltava isso para eu me sentir realizado. Graças a Deus. A data de hoje vai ficar na história”, diz.

A chefe do Cejusc de Fortaleza, Geanne Catunda, relatou que, no ato da inscrição, Dayane contou que adicionar o nome do pai na certidão de nascimento era um sonho também da mãe já falecida. “Foi comovente. Quando chegou aqui, inclusive, ela estava bastante emocionada. Foi um dia muito marcante não só para eles, mas para nós também que prestamos atendimento”.

Bolo especial para comemorar o momento tão aguardado 

A psicóloga Mônica Sant’Ana Mantini, do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do FCB, foi a responsável por fazer a audiência do caso e afirma que ficou tocada pela história. “Não tinha como não me emocionar, até porque sempre temos um pouco de nós nas histórias que ouvimos. E foi muito bom ter feito parte deste momento, no qual o pai Amilton pôde reconhecer a filha que tanto ama”, lembra.

Durante o período de execução da campanha foram atendidas 35 famílias. Em 13 casos foi necessária a realização de exames de DNA. Ao todo, foram reconhecidas 24 paternidades.

UM PRESENTE PARA TODA VIDA

Realizada pelo Tribunal de Justiça do Ceará, por meio da Diretoria do FCB e do Cejusc da Capital, a campanha aconteceu entre os dias 16 e 20 de outubro, no Fórum Clóvis Beviláqua.

Para participar, os pais e as mães compareceram ao Cejusc com RG, CPF, comprovante de endereço e a Certidão de Nascimento do filho ou filha. Um Termo de Reconhecimento de Paternidade foi preenchido, assinado pelos pais e homologado pela Justiça. Através desse documento foi possível incluir os nomes no registro civil dos filhos sem custos adicionais. A mobilização contou com apoio das Secretarias da Saúde do Ceará (Sesa), que forneceu os kits de coleta de DNA quando necessário; da Educação do Estado (Seduc); e da Secretaria do Município de Fortaleza (SME).

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