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Fábrica Escola expõe artesanato de egressos do sistema carcerário no Fórum Clóvis Beviláqua

Fábrica Escola expõe artesanato de egressos do sistema carcerário no Fórum Clóvis Beviláqua

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Servidores e frequentadores do Fórum Clóvis Beviláqua podem conhecer trabalhos artesanais produzidos por egressos do sistema carcerário, beneficiados pelo projeto Fábrica Escola. Até segunda-feira (28/04), uma exposição, montada no hall de entrada do prédio, oferece uma amostra dessa produção e apresenta os resultados alcançados durante o primeiro ano da iniciativa, comemorado no último dia 3.

A manicure Célia Maria da Fonseca foi uma das pessoas que visitou a exposição, nesta quarta-feira (23/04). Ela elogiou a qualidade dos produtos e a importância social da iniciativa. “Estava passando pelo Fórum e, como adoro artesanato, resolvi parar para ver os trabalhos, todos muito bonitos. Fiquei surpresa quando soube que são feitos por presos ou pessoas que já estiveram na prisão. Com certeza, é uma oportunidade de reeducar e reinserir essas pessoas na sociedade”, afirmou.

A psicóloga Denise Moreira Aguiar, coordenadora do Núcleo de Apoio à Jurisdição do Fórum, também aproveitou a exposição para conhecer mais sobre o Fábrica Escola. “É um projeto que possibilita descobrir talentos, desenvolver habilidades e elevar a autoestima de pessoas que tiveram problemas com a Justiça e precisam de uma oportunidade para se reabilitarem. É muito importante o Fórum apoiar esse tipo de iniciativa”, disse.

Antes de ser montada no Fórum, a exposição esteve no shopping Parangaba, de 03 a 13 de abril. Já no próximo dia 29, às 16h, haverá, na sede de projeto (av. Dom Manuel, nº 738, Centro) uma solenidade ecumênica em comemoração ao aniversário. Na ocasião, ocorrerá a inauguração de uma loja para venda dos produtos e será descerrada placa em homenagem ao empresário Deusmar Queirós, um dos responsáveis pelo projeto.

A Fábrica Escola contribui para recuperar presos e egressos do sistema prisional, além de conscientizar a sociedade sobre a importância da ressocialização. Oferece oficinas artesanais, atendimento psicossocial, tratamento contra dependência química, assistência médica e orientação jurídica. Já foram beneficiados 75 reeducandos. Atualmente, 33 participam diariamente das atividades.

A iniciativa, idealizada pelos juízes Luciana Teixeira de Souza, titular da 2ª Vara de Execução Penal e corregedora de presídios, e Cézar Belmino Barbosa Evangelista, titular da 3ª Vara de Execução Penal, conta com a parceria entre Poder Judiciário (por meio das Varas de Execução Penal), Ministério Público, Defensoria Pública, Universidade Estadual do Ceará (Uece), Associação Cearense de Magistrados (ACM), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Fundação Deusmar Queirós, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Ceará (OAB/CE) e outras instituições públicas e privadas.