A 1ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento, nesta terça-feira (05/10), às 14h, Rubens Rômulo Pereira da Silva, acusado de matar Roberto Mesquita Lima, no dia 25 de dezembro de 2003, em Fortaleza. O réu responde ao processo por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e cometido com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O crime ocorreu na pousada de propriedade do réu, localizada na avenida Manoel Marvenier, na praia da Abreulândia, por volta das 20h. Segundo a denúncia do Ministério Público estadual, dias antes do crime, um hóspede teve o celular furtado dentro da pousada. O hóspede, que era policial militar, exigiu que o proprietário recuperasse o aparelho ou lhe desse um novo, em até três dias.
Uma funcionária da pousada informou que, no dia do furto, Roberto Mesquita havia entrado na pousada, pedindo para usar o banheiro. Ela disse ainda ao proprietário que havia visto a vítima deixando o estabelecimento com o aparelho.
Rubens Rômulo já conhecia Roberto Mesquita e foi à casa dele tirar satisfações. A vítima confirmou o furto, porém exigiu uma quantia em dinheiro para devolver o aparelho. O acusado pagou o valor e devolveu o aparelho ao hóspede, porém, alguns dias depois, Roberto Mesquita apareceu novamente na pousada, gritando e chamando o réu de “caboeta”.
De acordo com a versão do réu, Roberto Mesquita sacou uma arma e ameaçou matar todas as pessoas que estavam na pousada. Após breve discussão, os dois acabaram travando luta corporal. O acusado, então, pegou a arma da vítima e efetuou os disparos que atingiram mortalmente Roberto Mesquita. Rubens Rômulo afirma que atirou para se defender.
O julgamento será presidido pelo juiz José de Castro Andrade, que está respondendo pela 1ª Vara do Júri. O promotor de Justiça Francisco Marques Lima representará o Ministério Público estadual.