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Deputados reclamam a falta de diálogo

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08.07.2009 Política Pág.: 03
O embate sobre o substitutivo do TJ trouxe à tona críticas ao modelo de diálogo entre os chefes partidários da AL. Ou melhor, à falta de movimentação do colegiado. Em meio às discussões da re-estruturação, os líderes do PSDB, João Jaime, e do PR, Adahil Barreto, reclamaram da carência de discussões entre as agremiações.
Jaime chegou a admitir que deputados assinam pedidos de urgência sem apreciar as solicitações da maneira correta. ?Ultimamente, Nelson [Martins (PT), líder do Governo], temos confiado muito em Vossa Excelência. As matérias aqui são votadas a toque de caixa. Mas, daqui pra frente, vamos ter mais cuidado e pedir vistas?, avisou o tucano, complementando que o colegiado de líderes não tem realizado reuniões.
Adahil foi no mesmo ritmo. Isolado na oposição ao Executivo ao lado de Heitor Férrer (PDT), ele afirmou que não é chamado para participar de negociações como a acontecida com os funcionários do Tribunal de Justiça. ?Mudaram o original da mensagem para atender a reivindicações dos servidores, mas esse era um assunto que deveria ter passado pelo colegiado?, citou.
Em resposta, o presidente Domingos Filho (PMDB) negou que, ao participar da mesa com os servidores do TJ, tenha tido o intuito de deixar as demais siglas de fora. Já Nelson discordou que mensagens estejam sendo votadas sem a devida apreciação. ?Nesse caso do TJ, tivemos reunião com o desembargador Ernani [Barreira, presidente do TJ], com os servidores e fizemos audiência pública e pronunciamentos. Como é que é a toque de caixa, pelo amor de Deus??, questionou.
O petista atribuiu a exclusão do PSDB ? e dos demais partidos – nas articulações da mensagem do Tribunal ao excesso de demandas que a liderança do Governo tem. ?Não foi nada proposital. Foi por conta do acúmulo de funções. Nas próximas, teremos o cuidado de convocar todas as lideranças por escrito?, garantiu. (Bruno de Castro)