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Caso Alanis: assassino é condenado a 31 anos e oito meses anos de prisão

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25.08.10
Sete meses e 16 dias após a morte de Alanis Maria Laurindo Oliveira, de apenas 5 anos, o assassino foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão em regime fechado, em juri realizado nesta quarta-feira (25), no 2º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua.
Os jurados acataram o pedido de condenação de Antônio Carlos dos Santos Xavier, o ?Casim?, por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e dissimulação), estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. O julgamento que começou por voltas das 13h30 se estendeu até às 20h15.
O julgamento começou com o sorteio dos jurados, que resultou na escolha de 4 mulheres e 3 homens. Em seguida, o juiz Henrique Jorge Holanda Silveira, presidente da sessão, fez a leitura da denúncia oferecida pelo Ministério Público e, logo em seguida, iniciou o interrogatório de ?Casim?.
Depoimento
Durante o depoimento, o Antônio Carlos se mostrou frio e relatou detalhadamente como raptou, estuprou e matou a pequena Alanis. Ele ainda confirmou que manteve relações sexuais com a criança viva e também depois de assassinada. No decorrer do relato, alguns familiares, pricipalmente a mãe de Alanis, Patricia Laurindo, passaram mal e foram retirados do Salão do Juri. Após o relato do réu, Patricia retornou para o local.
A acusação foi feita pela promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e o advogado Paulo Quezado. Enquanto a defesa foi feita pelo defensor público João Irton Veloso Frota, que dentou convencer que ?Casim? tinha distúrbios psicológicos, o que poderia diminuir a pena em 2/3.
Sentença
Após da votação secreta dos jurados, feita em sala separada, o juíz Henrique Jorge Holanda Silveira proferiu a sentança e a pena de 31 anos e oito meses de prisão. O réu ouviu a condenação de cabeça baixa e não esboçou nenhum tipo de reação. Segundo o assistente de acusação, o advogado Marcelo Sobral, Casim de cumprir a pena no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS).
Família
Os pais e familiares de Alanis disseram ao final que a pena ainda foi pequena diante do crime de Antônio Carlos, uma vez que nada poderia trazer a criança de volta. No entanto, todos se disseram aliviados por ter sido feita justiça no caso.
Sobre a possibilidade de recorrer da sentença, a defesa do condenado afirmou que vai aguardar cincos dias úteis de prazo para que alguém da família de Casim se manifeste nesse sentido. Caso contrário, a defesa acatará a decisão. Nenhum parente de Antônio Carlos esteve presente no julgamento.
O Caso
Na noite de quinta-feira, 7 de janeiro deste ano, a pequena Alanis Laurindo, 5, foi raptada do pátio de uma Igreja no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza. O fato ocorreu durante uma missa. No dia seguinte, a polícia encontrou o corpo da criança em um matagal na Rua Rui Monte, bairro Antônio Bezerra.
No dia 12 de janeiro, Antônio Carlos dos Santos Xavier, o ?Casim, é preso no terminal de ônibus do Siqueira. Em depoimento, ele confessou no mesmo dia o crime.
Com informações da repórter Noemi Sam